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Gisela João encheu o Theatro Circo: “Adoro cantar histórias”

Concertos - Março 28, 2022
A fadista encantou Braga com uma noite de fado, viras, malhões e, sobretudo, muitas histórias.

Theatro CircoBraga - 26.03.2022

No último sábado, 26 de março, Gisela João iluminou Braga num concerto que teve lugar no Theatro Circo. A artista, juntamente com a sua banda, promoveu o seu mais recente álbum “AuRora” (2021).

Gisela João foi recebida com carinho, atenção e muitos aplausos. A fadista confessou apreciar bastante o comércio tradicional e os jardins de Braga, pois faziam lembrar a sua cidade. Além disso, admitiu ainda estar feliz por regressar a “uma das salas mais bonitas do país”. Acompanhada de quatro músicos, a artista presenteou os bracarenses com uma noite de muitas emoções e arrepios. O piano, a guitarra portuguesa e a guitarra clássica complementaram a sua inconfundível voz.

O concerto ficou marcado por histórias e por vivacidade. “Adoro contar e cantar histórias”, afirmou. Com uma personalidade vincadamente minhota, Gisela João conversou carinhosamente com o público. “Parece que vos conheço há anos”, admitiu. A fadista partilhou, com o público a forma como entrou no mundo da música, desde as Casas de Fado até ao presente.

A artista deixou claro que o Minho lhe diz muito. E, sendo ela uma mulher do Norte, não deixou de cantar e dançar os “viras e os malhões” tão característicos da região. As palmas, a acompanhar o ritmo, ecoavam na sala. A evidente alegria e adrenalina da fadista levou ao improviso – “não sigo alinhamentos. O público é que cria a energia”. Expressou, por repetidas vezes, o seu encanto pela música – “a música é um código livre. Quando se está exposto à música, é impossível não viajar em sonhos, memórias, histórias…”.

A fadista revelou a sua paixão por poesia e pelo fado e, prova disso, foi a forma como descreveu cada tema “só sei escrever sobre amor”, confessou. “Canção ao coração” foi a primeira música que escreveu, contou Gisela, explicando que se trata de uma nota positiva nos dias maus. “Olhar para o céu e para as flores, tudo passa”. A artista relembrou também Amália Rodrigues enquanto conversava sobre arte. “A arte não é uma coisa de sentar à mesa e juntar dois mais dois”, rematou.

“Não fico para dormir” é uma canção que, segundo a artista, ganhou uma nova dimensão, após a pandemia. Nesse sentido, dedicou-a aos trabalhadores do setor cultural, um dos mais afetados desde março de 2020. Aproveitou para agradecer atenciosamente ao público a presença e o apoio ao setor.

Terminou o serão com “A louca”, acompanhada de uma mensagem dirigida a todas as mulheres, face às adversidades que passam constantemente. Assim, Gisela João incentivou a que todas se sintam mais livres, independentes e confiantes na sua própria pele “berrem, cantem, façam tudo”, palavras que emocionaram o público feminino.

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