Portal do Fado

Cancelamento sucessivos de concertos, salas de espetáculos fechadas e dois anos praticamente sem trabalhar. Este foi o resultado de uma pandemia que (quase) parou o mundo. Tal como aconteceu com milhões de pessoas, também Mariza, o nome grande do fado, se ressentiu com a situação.

A artista portuguesa não tem pudor em admitir que lutou contra a incerteza, contra o medo e contra a sua própria cabeça. "Tive um princípio de depressão", confessa.

"Eu não entendia o que estava a acontecer. O meu mundo parou, tudo parou… E sem perceber o que aí vinha, do que estávamos à espera. A minha cabeça entrou em completo tilt. Estive medicada um tempo", revela Mariza, recordando a "tristeza infinda" contra a qual lutava.

Continua a revelar: "Eu chorava todos os dias!", desabafa à mesma publicação. Mariza classifica estes últimos tempos como um período "mau" a nível emocional. O confinamento não foi fácil para ninguém, mas a fadista falando por si diz que viveu um período "extremamente complicado".

A somar a tudo isto, ainda vivia o medo com os pais, já que tanto a mãe como o pai pertencem ao grupo mais vulnerável: "O meu pai tem 83 anos… E não poder sair para nada. Era perceber: ‘o que vem agora?’. Porque, com 83 anos, já não se assimila da mesma maneira. E agora está pesado para ele, porque foram dois anos fechado."

Apesar da sitação pandémica já estar mais calma e menos preocuante, a verdade é que os dois anos de sucessivos confinamentos tiveram um "impacto brutal" na saúde do pai. Portanto, Mariza tem agora o coração nas mãos.