“Amália no Japão” assinala estreia nesse país e o fascínio do público pela cantora
News - Julho 02, 2022
Uma nova edição discográfica de “Amália no Japão”, gravada ao vivo em
setembro de 1970, que inclui o fado “É Noite na Mouraria”, chega ao
mercado no próximo dia 22.
“É noite na Mouraria” (José Maria Rodrigues/António Mestre) é um fado do repertório de Celeste Rodrigues, irmã de Amália, que a fadista incluiu no alinhamento da sua atuação, em setembro de 1970, no Sakei Hall, em Tóquio, mas nunca gravou em estúdio.
O investigador Frederico Santiago, que tem coordenado a edição completa das gravações de Amália Rodrigues, refere-se à ida da artista ao Japão, como uma “epopeia”.
Amália partiu de Lisboa, no dia 14 de agosto de 1970, rumo a Copenhaga, e da capital dinamarquesa seguiu até Banguecoque, chegou depois Osaka, no Japão, que nesse ano recebia a Exposição Universal e, finalmente, aterrou em Tóquio.
“Por falar em epopeias, é no meio da carreira, em pleno apogeu vocal, que Amália se estreia no Japão”, marcando “o nascer do suave e sofisticado amor do público japonês” pela cantora, escreve Santiago.
Neste recital, Amália é acompanhada pelos músicos José Fontes Rocha e Carlos Gonçalves, na guitarra portuguesa, Pedro Leal, na viola, e Joel Pina, na viola baixo. Canta em português fado, folclore, marchas de Lisboa, canção, e inclui ainda “grandes sucessos seus em francês e em italiano”, como “Inch Allah” (Salvatre Adamo) e “Canzone Per Te” (Sergio Bardotti/Sergio Enrico), “revelando-se aos japoneses como a mais versátil intérprete da música mediterrânica”.
“A naturalidade e o requinte do cantar de Amália, ampliados pela ritualização do seu estar em palco, logo fascinaram os japoneses”, garante Frederico Santiago.
Amália há muito que era esperada pelo público japonês, desde a década de 1950, um interesse despertado pela sua participação no filme “Les Amants du Tage” (1955), de Henri Verneuil.
Esta atuação “logo fascinou os japoneses” e marcou uma relação artística que se prolongou praticamente até à morte da fadista, em outubro de 1999, com sucessivas digressões ao chamado império do sol nascente.
O último ano em que Amália atuou no Japão, foi em 1993, tendo efetuado oito recitais em seis cidades.
“No auge da sua comovente fragilidade, o Japão reconheceu nela, por uma vez derradeira, a inalcançável 'Rosa Negra'”, escreve Frederico Santiago, coordenador da edição discográfica.
Para Amália, 1970 “começara com a paixão do público italiano [e] o verão marcaria o nascer do suave e sofisticado amor do público japonês”, sublinha o coordenador da publicação da obra de Amália.
Amália Rodrigues abre o recital com “Fadinho Serrano” (Hermâni Correia/Arlindo de Carvalho), interpretando as primeiras palavras em japonês, “Minasan Konbanwa”.
“Humanista e universal como era, Amália absorvia sempre o espírito das suas plateias e com ele comungava – compare-se a excitação de um espetáculo gravado em Itália, em janeiro deste mesmo ano, com a sedução imanente deste disco ao vivo no Japão”, realça Santiago.
O alinhamento inclui “Lisboa Antiga” (José Galhardo/Raul Portela ), “Coimbra” (J. Galhardo/Raul Ferrão), “Barco Negro” (David Mourão-Ferreira /Caco Velho; Piratini), “La Tramontana” (Daniele Pace/Mario Panzeri), “Meia-Noite e uma Guitarra” (Álvaro Duarte Simões).
O alinhamento tem ainda “L’Important c’est la Rosa” (Louis Amade/Gilbert Bécaud), “Solidão” (D. M.-Ferreira/Ferrer Trindade ), “Vou Dar de Beber à Dor”(Alberto Janes), “Ó Careca” (Joaquim Bernardo Nascimento/Guilherme Pereira/Raul Câmara) e “lá Vai Lisboa” (Norberto de Araújo/Raul Ferrão ), a grande marcha de Lisboa de 1935, criada por Beatriz Costa. Nos 'encore', canta a canção popular “O Trevo”.
O investigador Frederico Santiago, que tem coordenado a edição completa das gravações de Amália Rodrigues, refere-se à ida da artista ao Japão, como uma “epopeia”.
Amália partiu de Lisboa, no dia 14 de agosto de 1970, rumo a Copenhaga, e da capital dinamarquesa seguiu até Banguecoque, chegou depois Osaka, no Japão, que nesse ano recebia a Exposição Universal e, finalmente, aterrou em Tóquio.
“Por falar em epopeias, é no meio da carreira, em pleno apogeu vocal, que Amália se estreia no Japão”, marcando “o nascer do suave e sofisticado amor do público japonês” pela cantora, escreve Santiago.
Neste recital, Amália é acompanhada pelos músicos José Fontes Rocha e Carlos Gonçalves, na guitarra portuguesa, Pedro Leal, na viola, e Joel Pina, na viola baixo. Canta em português fado, folclore, marchas de Lisboa, canção, e inclui ainda “grandes sucessos seus em francês e em italiano”, como “Inch Allah” (Salvatre Adamo) e “Canzone Per Te” (Sergio Bardotti/Sergio Enrico), “revelando-se aos japoneses como a mais versátil intérprete da música mediterrânica”.
“A naturalidade e o requinte do cantar de Amália, ampliados pela ritualização do seu estar em palco, logo fascinaram os japoneses”, garante Frederico Santiago.
Amália há muito que era esperada pelo público japonês, desde a década de 1950, um interesse despertado pela sua participação no filme “Les Amants du Tage” (1955), de Henri Verneuil.
Esta atuação “logo fascinou os japoneses” e marcou uma relação artística que se prolongou praticamente até à morte da fadista, em outubro de 1999, com sucessivas digressões ao chamado império do sol nascente.
O último ano em que Amália atuou no Japão, foi em 1993, tendo efetuado oito recitais em seis cidades.
“No auge da sua comovente fragilidade, o Japão reconheceu nela, por uma vez derradeira, a inalcançável 'Rosa Negra'”, escreve Frederico Santiago, coordenador da edição discográfica.
Para Amália, 1970 “começara com a paixão do público italiano [e] o verão marcaria o nascer do suave e sofisticado amor do público japonês”, sublinha o coordenador da publicação da obra de Amália.
Amália Rodrigues abre o recital com “Fadinho Serrano” (Hermâni Correia/Arlindo de Carvalho), interpretando as primeiras palavras em japonês, “Minasan Konbanwa”.
“Humanista e universal como era, Amália absorvia sempre o espírito das suas plateias e com ele comungava – compare-se a excitação de um espetáculo gravado em Itália, em janeiro deste mesmo ano, com a sedução imanente deste disco ao vivo no Japão”, realça Santiago.
O alinhamento inclui “Lisboa Antiga” (José Galhardo/Raul Portela ), “Coimbra” (J. Galhardo/Raul Ferrão), “Barco Negro” (David Mourão-Ferreira /Caco Velho; Piratini), “La Tramontana” (Daniele Pace/Mario Panzeri), “Meia-Noite e uma Guitarra” (Álvaro Duarte Simões).
O alinhamento tem ainda “L’Important c’est la Rosa” (Louis Amade/Gilbert Bécaud), “Solidão” (D. M.-Ferreira/Ferrer Trindade ), “Vou Dar de Beber à Dor”(Alberto Janes), “Ó Careca” (Joaquim Bernardo Nascimento/Guilherme Pereira/Raul Câmara) e “lá Vai Lisboa” (Norberto de Araújo/Raul Ferrão ), a grande marcha de Lisboa de 1935, criada por Beatriz Costa. Nos 'encore', canta a canção popular “O Trevo”.
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