Gonçalo Salgueiro homenageia Frei Hermano da Câmara no novo álbum
Notícias - Novembro 19, 2022
O novo álbum do fadista Gonçalo Salgueiro, "Frei Fado", é uma homenagem ao músico Frei Hermano da Câmara, com quem interpreta o tema "Um Novo Coração me Dá o Senhor".
Em declarações à agência Lusa, Salgueiro defendeu que "as homenagens devem ser prestadas em vida" e, referindo-se ao disco, declarou: "É uma demonstração de amor e respeito".
"A Amália [Rodrigues] e o Frei Hermano [da Câmara] toda a vida fizeram parte do meu imaginário, já a minha avó chamava ao Frei Hermano a voz do céu; a minha mãe tinha todos discos dele e da Amália, portanto são vozes que, fisicamente, quase fazem parte de mim", argumentou Salgueiro.
Referindo-se à participação de Frei Hermano da Câmara, de 88 anos, no álbum, Gonçalo Salgueiro afirmou que "é um sinal que o próprio aprova e que lhe soube bem, e isso é o mais importante".
Frei Hermano da Câmara não grava desde 2003, quando editou o álbum "Vivo d'Arte, Vivo d'Amor". O religioso, que já não se apresentava em palco há vários anos, atuou em 2012 e 2013 para celebrar os 50 anos de carreira.
Gonçalo Salgueiro conheceu Frei Hermano da Câmara em 2007, quando esteve em cena o musical "Jesus Cristo Super Star", encenado por Filipe la Féria, que protagonizou.
O disco "Frei Fado. Homenagem a Frei Hermano da Câmara" é constituído por 15 temas, 14 dos quais compostos por Frei Hermano da Câmara, como "Ave Maria", de Adelaide Villar, "Gládio", de Fernando Pessoa, "Quero Um Cavalo de Várias Cores", de Reinaldo Ferreira, "Cristo Antigo", do padre Abel Varzim, "Minha Mãe Nasci Fadista", de Hermano Sobral, todos com música de Frei Hermano, entre outros.
À Lusa, Gonçalo Salgueiro disse que a escolha dos fados que gravou foi sua: "Escolhi pela mensagem que transmitem, o disco abre logo com um poema da uruguaia Joana de Ibarbouron, 'Suave Milagre', que acho absolutamente delicioso, que fala de liberdade, de sonho, de alguém a quem o mundo chama louco, apenas porque vê das suas mãos saírem rosas, e a falta que o mundo tem ainda hoje de aceitar a diferença".
"Fui buscar todos esses poemas, cuja mensagem a mim me dizia algo mais… Fui buscar a 'Manhã', de Miguel Torga, porque é algo que estamos a precisar que é de uma nova manhã, de acordar sem as pandemias e as guerras", disse o fadista.
"A Amália [Rodrigues] e o Frei Hermano [da Câmara] toda a vida fizeram parte do meu imaginário, já a minha avó chamava ao Frei Hermano a voz do céu; a minha mãe tinha todos discos dele e da Amália, portanto são vozes que, fisicamente, quase fazem parte de mim", argumentou Salgueiro.
Referindo-se à participação de Frei Hermano da Câmara, de 88 anos, no álbum, Gonçalo Salgueiro afirmou que "é um sinal que o próprio aprova e que lhe soube bem, e isso é o mais importante".
Frei Hermano da Câmara não grava desde 2003, quando editou o álbum "Vivo d'Arte, Vivo d'Amor". O religioso, que já não se apresentava em palco há vários anos, atuou em 2012 e 2013 para celebrar os 50 anos de carreira.
Gonçalo Salgueiro conheceu Frei Hermano da Câmara em 2007, quando esteve em cena o musical "Jesus Cristo Super Star", encenado por Filipe la Féria, que protagonizou.
O disco "Frei Fado. Homenagem a Frei Hermano da Câmara" é constituído por 15 temas, 14 dos quais compostos por Frei Hermano da Câmara, como "Ave Maria", de Adelaide Villar, "Gládio", de Fernando Pessoa, "Quero Um Cavalo de Várias Cores", de Reinaldo Ferreira, "Cristo Antigo", do padre Abel Varzim, "Minha Mãe Nasci Fadista", de Hermano Sobral, todos com música de Frei Hermano, entre outros.
À Lusa, Gonçalo Salgueiro disse que a escolha dos fados que gravou foi sua: "Escolhi pela mensagem que transmitem, o disco abre logo com um poema da uruguaia Joana de Ibarbouron, 'Suave Milagre', que acho absolutamente delicioso, que fala de liberdade, de sonho, de alguém a quem o mundo chama louco, apenas porque vê das suas mãos saírem rosas, e a falta que o mundo tem ainda hoje de aceitar a diferença".
"Fui buscar todos esses poemas, cuja mensagem a mim me dizia algo mais… Fui buscar a 'Manhã', de Miguel Torga, porque é algo que estamos a precisar que é de uma nova manhã, de acordar sem as pandemias e as guerras", disse o fadista.
Para o artista, este disco é "um alimento da alma" e a decisão de o fazer surgiu numa altura em que notou "um vazio de espiritualidade na música portuguesa, principalmente no fado" que apontou como a sua "área maioritária" como artista.
"A nossa música, o nosso fado, ao qual estou maioritariamente ligado, comecei a ver uma desistência total de tudo quanto é elemento para o espírito", disse o fadista, que realçou que Portugal é “um país tão católico".
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