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Katia Guerreiro: "Se não fossem os turistas, as casas de fado morriam"

Notícias - Janeiro 30, 2023
A fadista Kátia Guerreiro, que a 23 de fevereiro apresenta o seu álbum mais recente, “Mistura”, ao vivo no Teatro Tivoli, em Lisboa, afirmou que “os portugueses não são os melhores amantes de fado”.

A fadista Kátia Guerreiro, que em breve apresenta o mais recente “Mistura” ao vivo, afirma: “O que levou as pessoas a voltarem aos fados foi a Mariza e eu começarmos a ter sucesso no estrangeiro. Depois surge uma nova geração a querer fazer coisas novas à força, sem o conseguir. Parecia que nasciam fadistas debaixo das pedras”

Em entrevista ao “Diário de Notícias”, a artista, que no disco lançado no final de 2022 conta com a colaboração de Rui Veloso, Rita Redshoes ou Tiago Bettencourt, diz: “Se não fossem os turistas, as casas de fado morriam.” Elogiando o papel de Mísia, que diz ter quebrado barreiras, Kátia Guerreiro estende, também, esses elogios a Paulo Bragança.

“O que levou as pessoas a voltarem aos fados foi a Mariza e eu começarmos a ter sucesso no estrangeiro. Aqui ninguém nos prestava atenção”, garante. “Depois chegam a Ana Moura, a Carminho, e há ali uma fase em que somos nós o bloco. (…) Depois surge uma nova geração a querer ser a Mariza e a Ana Moura e a fazer coisas novas à força, sem o conseguir. Parecia que nasciam fadistas debaixo das pedras.”

Considerando que o fado passa, hoje, por uma fase “nublada”, Kátia Guerreiro argumenta: “As pessoas não sabem se querem ouvir fado tradicional ou coisas novas. E não há espaço para o fado nas rádios, a não ser que se tenha algo mais comercial. Lá está, Portugal a tratar mal o fado”


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