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O Resgate das Rodas do Fado e o Seu Percurso até ao Museu - Patrícia Sousa Mendes

Livros - Fevereiro 10, 2023
Chiado Books / 2023
O Rodas do Fado, é o nome que atribuí ao carro que pertenceu a Amália Rodrigues, dando um ênfase a sua importância no papel que teve na divulgação do Fado durante o tempo em que a Fadista se encontrava nas suas digressões, por este mundo a fora.

O Resgate das Rodas do Fado, está implícito uma necessidade de recuperação de um bem cultural, de importância patrimonial, que funciona como peça de museu, sendo que testemunha a passagem de uma personalidade que foi considerada e condecorada a maior e melhor interprete do género musical português, o Fado. Tendo o Fado o peso que tem hoje, tendo sido constituído a património imaterial da humanidade, é necessário que se perceba as atuais condições e itinerários que estiveram na base da sua divulgação.

O Rodas do Fado, é o nome que atribuí ao carro que pertenceu a Amália Rodrigues, dando um ênfase a sua importância no papel que teve na divulgação do Fado durante o tempo em que a Fadista se encontrava nas suas digressões, por este mundo a fora. Foi precisamente na década de 80 que Amália, comprou este carro, com as funções, não só de deslocação, como também, a priori a função privada. Constatei que este carro foi constituído como backstage, pela composição dos objetos encontrados e os já não existentes mais perceptíveis pelos vestígios encontrados, nomeadamente o ventilador, um aporta em Hall, gavetas de arrumação entre outros.

Nesta carrinha ela se preparava se vestia se maquilhava, ensaiava, antes de chegar aos palcos, uma vez que a data em questão demarca uma época em que não havia camarins em todos os lugares , a inexistência de um lugar cómodo para que ela se sentisse à-vontade para suprir as suas necessidades . A maior preocupação aqui assenta na importância da não banalização do património cultural, bem como a descoberta de novas formas de adaptação dos bens culturais na rentabilidade do Turismo Cultural, que começa na promoção do novo conceito de Museu sobre Rodas, com a criação do Museu Itinerante AMAR (Amália Rodrigues).

Sobre a autora
Patrícia de Sousa Mendes, Licenciada em Antropologia Social e Cultural, pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas, (Universidade Técnica de Lisboa) ano 2006-2009, com media de 14 valores.
Nasceu em Angola, em 1982, na província de Luanda, veio para Portugal quando tinha 6 anos de idade, de família extensa, filha de mãe solteira.
Viveu no bairro marginalizado Quinta da Vitória, pautado pela exclusão social, e delinquência juvenil, vivia dentro do bairro, mas não se sentia de dentro.
Desde cedo a autora observava as duas realidades sociais e as diferenciava, por isso acreditada que quer de uma quer outra realidade social poderia extrair o melhor que havia em cada realidade o que a levou a um aperfeiçoamento dos seus objectivos e metas rumo a saída do gueto de forma a ir em busca de uma nova vida.
Tendo integrado num colégio religioso com regime aberto, Nossa Senhora da Purificação, onde aprendeu a dar os seus primeiros passos, lá aprendeu a desenvolver a leitura a escrever, a socializar com novas pessoas, bem como aprendeu a desenvolver outros padrões de vida, assente em novos códigos de conduta moral e espiritual.
A autora viveu grande parte da sua infância, e juventude neste bairro, permanecendo lá até ao último dia o da demolição do mesmo até ser realojada, precisamente em 2014.
Foi no centro de Ajuda Universal que Patrícia Mendes, conheceu a Fé inteligente e deu a volta por cima e se vê assim como Amália Rodrigues, um exemplo de humildade pois tudo que a autora tem desde carácter determinação espírito excelente e carisma que a empurrou para o sucesso a autora atribui-o a Deus, como dizia Amália Foi Deus.


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