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Morreu o cineasta espanhol que se apaixonou pelo fado

News - Fevereiro 11, 2023
Carlos Saura morreu aos 91 anos, em Madrid, anunciou a Academia de Cinema de Espanha, que o classificou como "um dos cineastas fundamentais da história do cinema espanhol".

Dizia que quando não estava a filmar escrevia, desenhava ou tirava fotos. “O importante é ocupar a cabeça.” Carlos Saura, um dos mais importantes cineastas espanhóis, realizador e argumentista que, por cá, será sempre recordado pelo filme ‘Fados’ (2007), morreu esta sexta-feira, vítima de insuficiência respiratória.

Este sábado receberia o Prémio Goya de Honra. Em entrevista recente disse que queria “viver até aos 100 + 1”, numa alusão ao filme ‘Mamá Cumple Cien Años’, de 1979, que esteve nomeado para Óscar de Melhor Filme Estrangeiro.

Responsável por filmes como ‘Cría Cuervos’ (1976), ‘Bodas de Sangue’ (1981) ou ‘Carmen’ (1983), realizou por cá o documentário ‘Fados’, que contou com as participações de Mariza, Camané, Carlos do Carmo, Carminho ou Cuca Roseta, e que recebeu o Goya para Melhor Canção Original.

“Ainda hoje me pergunto como tive a sorte de me cruzar com o seu imenso talento”, recordou esta sexta-feira ao CM Cuca Roseta que, no filme ‘Fados’, encontrou o impulso para a sua carreira. “Foi um dos momentos mais marcantes da minha vida, poder cantar ‘Rua do Capelão ‘ num dos seus magníficos filmes. Carlos Saura continuará a emocionar e a mudar muitos corações que se sentarem a assistir às suas obras de arte. ‘Iberia’ [2005] continua a ser um dos meus filmes favoritos de sempre e aquele que mais me inspira na minha vida artística”, acrescentou a fadista.


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