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Augusto Hilário vai ser homenageado em Viseu com concertos e peça de teatro

Notícias - Junho 04, 2024
Fadista de Viseu é homenageado na segunda edição de "Augusto Hilário: Guitarra de Coimbra, Alma Viseense”, nesta sexta-feira e sábado

O fadista Augusto Hilário é homenageado na segunda edição de "Augusto Hilário: Guitarra de Coimbra, Alma Viseense”, nesta sexta-feira e sábado (7 e 8 de junho) em Viseu.

Na iniciativa organizada pela Câmara de Viseu, decorrerão concertos dedicados aos fados de Coimbra e de Lisboa, inclusive com vozes no feminino, e com um espetáculo evocativo da vida e obra do célebre fadista do século XIX.

O Parque Aquilino Ribeiro é o palco principal destas noites que terão entrada livre e que começaram no passado sábado (1 de junho) com um concerto de Paulo Soares, que interpretou obras de Octávio Sérgio.

Nesta sexta e sábado, o palco do Parque da Cidade volta a brilhar para concertos muito especiais. O Grupo de Fados 7 Torres e o Grupo de Fados e Guitarradas de Coimbra serão os responsáveis pelos concertos que homenageiam o fado de Coimbra a partir das 21h30 de sexta-feira.

Já no sábado, vai ouvir-se o fado de Lisboa e no feminino com a participação de Sónia Lisboa, Mara Pedro, Sílva Miteva, Ana Sofia Costa e Glória Paiva. Fernanda Maciel e Marta Rosa serão as instrumentistas que acompanham o grupo.

Na tarde de sábado, a Biblioteca Municipal D. Miguel da Silva recebe o espetáculo "O Último Bohemio”, com encenação e direção musical de Carlos Clara Gomes e que evoca a vida e obra de Augusto Hilário.

O espetáculo, agendado para as 15h00, destaca a vida do fadista Augusto Hilário e faz um paralelismo simbólico com os últimos dias da vida de Jesus Cristo. O encenador Carlos Clara Gomes explica que, nesta peça, são recordados os últimos dias do cantor natural de Viseu que morreu aos 32 anos, em abril de 1896.

“Fui levado a conhecer a real importância de Augusto Hilário ao pesquisar sobre a sua vida e obra para levar à cena — através de relatos, muitos deles eivados de abundante pensamento mágico misturado com alguma factualidade historiográfica — motivando-me a escrever este texto teatral em que estabeleço um paralelismo simbólico entre os últimos dias da vida de Jesus e os últimos dias da vida de Augusto Hilário”, disse Carlos Clara Gomes.

“É certo que podemos, lançando mão da metáfora, que Hilário ressuscita sempre que um estudante empunha uma guitarra ou um simples turista pisa a calçada da Rua Direita ou da Rua Nova (em justa hora merecidamente chamada de Rua Augusto Hilário). Ou da Rua Escura, rumo ao Boquinhas”, acrescenta.

A peça tem entrada livre, sujeita a reserva para o endereço de e-mail Este endereço de email está protegido contra spam bots, pelo que o Javascript terá de estar activado para poder visualizar o endereço de email

Um dos mais conhecidos fadistas dos finais do século XIX, Augusto Hilário nasceu em Viseu, a 7 de janeiro de 1864. Frequentou o liceu em Viseu e, em outubro de 1886, matriculou-se na Universidade de Coimbra. É neste período que, apaixonado pela boémia coimbrã e admirado pelas suas interpretações do fado, torna-se reconhecido pela sua música. Morreu em abril de 1896, aos 32 anos.


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