Fado e poesia em Bueño resistiram a um frio implacável...
Concertos - Setembro 16, 2024
A noite apresentava-se, como sempre, animada e feliz, com um programa
prometedor de emoções diante da arte da música portuguesa e dos versos,
acompanhada por um fundo musical de guitarra...
Central Artística de Bueño - Bueño - 14.09.2024
E assim estavam os ânimos e o ambiente, que começava a escurecer-se com um crepúsculo lindo nos contornos suavemente montanhosos de Bueño, com a lua quase cheia no horizonte... Um pôr-do-sol maravilhoso. Mas mal os dois Joões começaram com os primeiros acordes do “Fado Pequenino” e outro também de ambiente ribatejano, o termómetro deve ter começado a descer, pois uma sensação muito desagradável de frio nos surpreendeu, num crescendo de frieza que se tornava cada vez mais insuportável, inquietante no início e implacável à medida que o tempo passava, tornando-se completamente desagradável.
Seguiram-se alguns poemas de Marisa Briz, muito bem acompanhados pela guitarra de Luis Suárez, com versos sugestivos, claros, sensíveis e, por vezes, contundentes, que conseguiam comover e tocar o sentimento mais profundo sobre o amor, os ciúmes ou as coisas do lar. Depois foi a vez de Sonia Santos, com a sua voz imponente e figura elegante, interpretar vários fados tradicionais e outros fados-canção bem conhecidos, com temas de amor, ciúmes e os recantos de Lisboa. Enfim, uma atuação comovente, mesmo que estivéssemos quase a tremer de frio; penso que a sua interpretação serviu de grande ânimo para perseverar e continuar no recital com a metade do público que ainda permanecia no auditório. Algumas das suas interpretações eu classificaria como antológicas, como a do fado “Pechinha”, que bem poderia ter servido para redimir o sofrimento causado pelo frio inclemente.
Enfim, esperemos que no próximo ano, que poderá ser a XII edição, a climatologia nos trate muito melhor, pois o fado e a poesia costumam ser quase sempre benignos e, muitas vezes, até entusiasmantes.
E assim estavam os ânimos e o ambiente, que começava a escurecer-se com um crepúsculo lindo nos contornos suavemente montanhosos de Bueño, com a lua quase cheia no horizonte... Um pôr-do-sol maravilhoso. Mas mal os dois Joões começaram com os primeiros acordes do “Fado Pequenino” e outro também de ambiente ribatejano, o termómetro deve ter começado a descer, pois uma sensação muito desagradável de frio nos surpreendeu, num crescendo de frieza que se tornava cada vez mais insuportável, inquietante no início e implacável à medida que o tempo passava, tornando-se completamente desagradável.
Seguiram-se alguns poemas de Marisa Briz, muito bem acompanhados pela guitarra de Luis Suárez, com versos sugestivos, claros, sensíveis e, por vezes, contundentes, que conseguiam comover e tocar o sentimento mais profundo sobre o amor, os ciúmes ou as coisas do lar. Depois foi a vez de Sonia Santos, com a sua voz imponente e figura elegante, interpretar vários fados tradicionais e outros fados-canção bem conhecidos, com temas de amor, ciúmes e os recantos de Lisboa. Enfim, uma atuação comovente, mesmo que estivéssemos quase a tremer de frio; penso que a sua interpretação serviu de grande ânimo para perseverar e continuar no recital com a metade do público que ainda permanecia no auditório. Algumas das suas interpretações eu classificaria como antológicas, como a do fado “Pechinha”, que bem poderia ter servido para redimir o sofrimento causado pelo frio inclemente.
Enfim, esperemos que no próximo ano, que poderá ser a XII edição, a climatologia nos trate muito melhor, pois o fado e a poesia costumam ser quase sempre benignos e, muitas vezes, até entusiasmantes.
Ángel García Prieto
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