Camané lança disco de homenagem a José Mário Branco, que o acompanhou ao longo da carreira
News - Novembro 25, 2024
“Foi um verdadeiro professor para mim e ajudou-me a criar uma sonoridade para o meu fado. Tenho muitas saudades, mas o Zé Mário está sempre presente na minha vida e música", disse.
Tinha Camané 18 ou 19 anos quando conheceu José Mário Branco (1942-2019). “Foi o Carlos do Carmo que me o apresentou. Ia eu a descer a Rua da Barroca [Lisboa], virei à esquerda, no Rua do Diário de Notícias, quando esbarrei com eles”, recorda ao CM. A verdade é que, de forma quase acidental, começou ali uma relação que se estenderia nas décadas seguintes, com José Mário Branco a assumir-se como um dos principais produtores de Camané. “Foi um verdadeiro professor para mim e ajudou-me a criar uma sonoridade para o meu fado. Tenho muitas saudades, mas o Zé Mário está sempre presente na minha vida e música.”
Na altura em que se assinalam cinco anos da morte de José Mário Branco, Camané lança, na próxima sexta-feira, dia 29, um disco ao vivo que resulta de um concerto realizado em março, no Centro Cultural de Belém, precisamente de homenagem a José Mário Branco.
“Na verdade, este disco acaba por ser quase inesperado, porque quando fiz o concerto de homenagem não foi a pensar em editá-lo”, conta. ‘Camané ao Vivo no CCB — Homenagem a José Mário Branco’ inclui 18 temas com poemas de David Mourão-Ferreira, Alexandre O’Neill, Manuela de Freitas e do próprio José Mário Branco, músico que se “rendeu ao fado ainda antes do 25 de Abril”, mas que nunca o quis alterar.
“A ideia dele era fazer uma música nova que pudesse ser transportada para o universo do fado”, explica Camané. “Hoje tenho as melhores me- mórias. Ele ajudou-me a perceber o meu próprio trabalho e deu-me as ferramentas para fazer até as escolhas do meu repertório.”
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