Amália Rodrigues - Busto
Records - Novembro 16, 2006
Podemos afirmar que Busto foi deveras revolucionário. As novas melodias de Alain Oulman, que os guitarristas apelidavam ironicamente de as óperas pela sua complexidade, vieram romper o classicismo fadista vigente até então.
Actualmente este é um disco de clássicos, mas ao seu lançamento em 1962 gerou grande polémica. Alain apresentou uma melodia mais aberta, permitindo a Amália cantar grandes poetas que ainda não constavam no seu repertório, daí a crítica que lhe é feita por colegas de profissão: Agora a Amália canta letras à Picasso...!.
Uma viragem no panorama musical da artista, bem como no Fado em geral. Uma inovação que a muitos inicialmente não agradou (principalmente aos guitarristas) mas que deu uma nova profundidade ao Fado e uma liberdade vocal a Amália.
Uma possibilidade de se poder expandir na sua espontaneidade: «Cantei porque, para mim, eram fados. A nobreza que está lá dentro é que conta. Porque o Fado é um estado da alma, uma canção que quer dizer destino e tem essa carga. Se para mim, a música do Alain não tivesse Fado, eu não lhe tinha pegado, ou, pelo menos, não tinha pegado naquelas todas». ( in ‘Amália - uma biografia’ por Vítor Pavão dos Santos).
O disco, gravado no velho teatro Taborda, conta com o acompanhamento de José Nunes à guitarra, Castro Mota à viola e ainda Alain Oulman que acompanha alguns dos fados ao piano. É um disco para se ouvir com atenção, deixarmo-nos levar por esta nova melodia, saboreando as palavras e a voz de Amália que se encontra no seu auge. É comercializado com o título Amália Rodrigues 1962, englobando 3 CDs: Busto, For your delight e ainda um CD bónus intitulado As óperas em que constam ensaios ao piano com Alain e uma entrevista com Henrique Mendes a David Mourão-Ferreira, Alain Oulman e a própria Amália.
Uma viragem no panorama musical da artista, bem como no Fado em geral. Uma inovação que a muitos inicialmente não agradou (principalmente aos guitarristas) mas que deu uma nova profundidade ao Fado e uma liberdade vocal a Amália.
Uma possibilidade de se poder expandir na sua espontaneidade: «Cantei porque, para mim, eram fados. A nobreza que está lá dentro é que conta. Porque o Fado é um estado da alma, uma canção que quer dizer destino e tem essa carga. Se para mim, a música do Alain não tivesse Fado, eu não lhe tinha pegado, ou, pelo menos, não tinha pegado naquelas todas». ( in ‘Amália - uma biografia’ por Vítor Pavão dos Santos).
O disco, gravado no velho teatro Taborda, conta com o acompanhamento de José Nunes à guitarra, Castro Mota à viola e ainda Alain Oulman que acompanha alguns dos fados ao piano. É um disco para se ouvir com atenção, deixarmo-nos levar por esta nova melodia, saboreando as palavras e a voz de Amália que se encontra no seu auge. É comercializado com o título Amália Rodrigues 1962, englobando 3 CDs: Busto, For your delight e ainda um CD bónus intitulado As óperas em que constam ensaios ao piano com Alain e uma entrevista com Henrique Mendes a David Mourão-Ferreira, Alain Oulman e a própria Amália.
Catarina Rocha
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