Francisco Pessoa
Singers - Last Updated Julho 29, 2009
Francisco Pessoa passeava ainda a sua juventude quando começou a cantar o Fado. Tinha então 17 anos e fazia-se acompanhar de José Nunes e Paco Peres.
O seu percurso fadista teve maior relevância nos anos 60, período em que se dedicou às sessões de estúdio.
Dessas sessões resultaram algumas gravações em colaboração com David Mourão Ferreira, autor que foi responsável pela apresentação do seu primeiro disco.
"Quatro Fados de Amor", foi um disco gravado nesse período com poemas inteiramente de David Mourão Ferreira.
Mário Martins e Manuel Andrade foram autores que consigo repartiram as letras que cantou em registos como "A hora é de Saudade" e "Fados".
Para além dos discos participou ainda num documentário com Alfredo Marceneiro e Teresa Tarouca, intitulado "Vielas de Lisboa".
Durante vários anos foi acompanhado à guitarra e à viola por nomes sobejamente conhecidos da nossa praça como Raúl Néri, Fontes Rocha, Júlio Gomes. Joel Pina, e posteriormente por António Chaínho, Jorge Fontes, José Maria Nóbrega e Raul Silva.
O texto que transcrevemos a seguir é da autoria de David Mourão Ferreira:
Ter um voz castiça, bem timbrada que nos dá a sensação de vir de longe e em que tudo denota ao mesmo tempo o sentido da modernidade; cantar apenas por amor ao que se canta e revelar a cada passo com exigente insatisfação, o gosto em aperfeiçoar os próprios dons; integrar-se numa tradição inconfundível e todavia não se confundir com ninguém - tais são algumas características (bem raras em quem começa) que flagrantemente se manifestam em Francisco Pessoa.
Basta ouvi-lo cantar uma vez para nos darmos conta que este Francisco Pessoa é gente - o que não acontece com muitas pessoas que por aí andam... e que por aí cantam. A mim pelo menos, bastou-me ouvi-lo uma vez para disso me persuadir e para me convencer do mesmo passo, que valia a pena tentar com semelhente intérprete, uma experiência muito simples que talvez a uns pareça muito atrevida ou arriscada, que talvez outros capitulem de inteiramente inútil. A experiência foi esta: escrever quatro nova letras para outras tantas músicas de fados tradicionais a fim de fazer circular em veias de há muito asseguradas pelo tempo, o sangue de algumas palavras de hoje. (...) Assim nasce - e isso é que tem de assinalar-se- uma presença muito promissora no panorama do fado português.
Dessas sessões resultaram algumas gravações em colaboração com David Mourão Ferreira, autor que foi responsável pela apresentação do seu primeiro disco.
"Quatro Fados de Amor", foi um disco gravado nesse período com poemas inteiramente de David Mourão Ferreira.
Mário Martins e Manuel Andrade foram autores que consigo repartiram as letras que cantou em registos como "A hora é de Saudade" e "Fados".
Para além dos discos participou ainda num documentário com Alfredo Marceneiro e Teresa Tarouca, intitulado "Vielas de Lisboa".
Durante vários anos foi acompanhado à guitarra e à viola por nomes sobejamente conhecidos da nossa praça como Raúl Néri, Fontes Rocha, Júlio Gomes. Joel Pina, e posteriormente por António Chaínho, Jorge Fontes, José Maria Nóbrega e Raul Silva.
O texto que transcrevemos a seguir é da autoria de David Mourão Ferreira:
Ter um voz castiça, bem timbrada que nos dá a sensação de vir de longe e em que tudo denota ao mesmo tempo o sentido da modernidade; cantar apenas por amor ao que se canta e revelar a cada passo com exigente insatisfação, o gosto em aperfeiçoar os próprios dons; integrar-se numa tradição inconfundível e todavia não se confundir com ninguém - tais são algumas características (bem raras em quem começa) que flagrantemente se manifestam em Francisco Pessoa.
Basta ouvi-lo cantar uma vez para nos darmos conta que este Francisco Pessoa é gente - o que não acontece com muitas pessoas que por aí andam... e que por aí cantam. A mim pelo menos, bastou-me ouvi-lo uma vez para disso me persuadir e para me convencer do mesmo passo, que valia a pena tentar com semelhente intérprete, uma experiência muito simples que talvez a uns pareça muito atrevida ou arriscada, que talvez outros capitulem de inteiramente inútil. A experiência foi esta: escrever quatro nova letras para outras tantas músicas de fados tradicionais a fim de fazer circular em veias de há muito asseguradas pelo tempo, o sangue de algumas palavras de hoje. (...) Assim nasce - e isso é que tem de assinalar-se- uma presença muito promissora no panorama do fado português.
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