Cristina Nóbrega - Palavras do meu Fado
Records - Setembro 17, 2008
Um disco de estreia é sempre um acto arriscado. E deste acto advém
irrecusavelmente um compromisso, inegociável, incondicional, do artista
perante o seu público e a sua arte, um compromisso que o tempo se
encarregará de consolidar... ou não.
Cristina Nóbrega quer correr este risco, de se comprometer com o Fado, com a sua arte. O mesmo Fado que a enfeitiçou quando em Lisboa assistia a um concerto de Carlos do Carmo.
O Fado de Cristina Nóbrega é enérgico, desenvolto. É jovem. E é nesta juventude que os temas clássicos assinados por Vasco de Lima Couto, Pedro Homem de Mello, David-Mourão Ferreira, Ary dos Santos, entre muitos outros, ganham um novo fulgor e notável luminosidade.
É nos temas mais populares que sobressai o cunho pessoal e o estilo característico de Cristina Nóbrega. Temas como Madrugada de Alfama ou Barco Negro (cuja interpretação deixaria com certeza Amália embevecida), deixam antever um futuro promissor e inequivocamente um nome a ter em conta no panorama fadista nacional.
Apesar da música ter sido sempre marco presente na sua vida (frequentou o Conservatório Nacional de Dança Clássica e a Academia de Amadores de Música), só em 2003 a música reaparece com um convite para vocalista numa banda de “garagem” e, mais recentemente, com uma incursão no Jazz.
No início deste ano decide de forma convicta retomar a sua antiga mas omnipresente paixão pelo Fado e apercebe-se da sua capacidade de despertar sentimentos e emoções com a sua voz doce e calorosa que transmite a alma da sua Lisboa.
O Fado de Cristina Nóbrega é enérgico, desenvolto. É jovem. E é nesta juventude que os temas clássicos assinados por Vasco de Lima Couto, Pedro Homem de Mello, David-Mourão Ferreira, Ary dos Santos, entre muitos outros, ganham um novo fulgor e notável luminosidade.
É nos temas mais populares que sobressai o cunho pessoal e o estilo característico de Cristina Nóbrega. Temas como Madrugada de Alfama ou Barco Negro (cuja interpretação deixaria com certeza Amália embevecida), deixam antever um futuro promissor e inequivocamente um nome a ter em conta no panorama fadista nacional.
Apesar da música ter sido sempre marco presente na sua vida (frequentou o Conservatório Nacional de Dança Clássica e a Academia de Amadores de Música), só em 2003 a música reaparece com um convite para vocalista numa banda de “garagem” e, mais recentemente, com uma incursão no Jazz.
No início deste ano decide de forma convicta retomar a sua antiga mas omnipresente paixão pelo Fado e apercebe-se da sua capacidade de despertar sentimentos e emoções com a sua voz doce e calorosa que transmite a alma da sua Lisboa.
Sérgio Miranda
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