Morreu o fadista José Freire
O corpo do fadista é hoje velado na capela mortuária de Alcochete, segundo a mesma fonte que não adiantou a data do funeral. José Freire começou a cantar nas casas de fado lisboetas no final da década de 1960, altura em que entrou para os quadros do Rádio Clube Português como locutor. Posteriormente apresentou-se também aos microfones da Rádio Difusão Portuguesa e da Rádio Comercial.
José Freire foi o criador do "Fado das Iscas", entre outros êxitos como "As Duas Padroeiras", "Saudades do Futuro" e "Lágrima Preta". Este ano o fadista recebeu a Medalha do Concelho de Alcochete, "como reconhecimento do seu valor como artista e pelo seu amor e generosidade a Alcochete e às suas gentes", segundo nota do executivo alcochetano. A presidente da Associação Portuguesa dos Amigos do Fado, Julieta Estrela de Castro, disse à Lusa que José Freire "foi das figuras mais características do meio fadista na década de 1970". A responsável salientou ainda "a boa dicção e uma cor de voz muito bonita o que facilitou a carreira quer de fadista quer de profissional de rádio".
"Tinha uma voz naturalmente velada, o que se tornava muito agradável ao ouvido, pois era muito musical e facilitava a interpretação", acrescentou. "Nasci a ouvir o fado", "Ronda a Lisboa", "O Meio Dia da Vida" e "Os Feiticeiros" foram outros êxitos do fadista.
É já com saudade que me despeço deste meu colega que foi meu camarada na Força Aérea na Base Aérea da Ota em 1966, e depois na boémia fadista, um até sempre amigão e pesames á familia. Citação