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Avelino de Sousa

Fadistas - Actualizado em Março 18, 2022
Fadista, compositor, poeta popular e dra­maturgo.Nasceu em Lisboa e residia nos Bairro de Campolide.

Começou a trabalhar numa livraria, foi posteriormente tipógrafo e bi­bliotecário da Torre do Tombo. Aos 15 anos já cantava as suas obras. Era pre­sença obrigatória em qualquer festa de trabalha­dores.

Cantando apenas obras suas, nor­malmente acompanhado pelo guitarrista Domin­gos Pavão, seu amigo de infância, o mote das suas letras, versava o amor, saudade e também usava o Fado, para através dele veicular as suas ideias politicas e sociais.
Cantou em tabernas, retiros, colectividades de recreio, em salas de gente elegante.
Travou grandes “despiques” com João Patusquinho, Manuel Serrano, João Black, Júlio Janota, Carlos Harrington e o Calci­nhas Narigudo.

Estreou-se em 1911, como autor teatral com a revista “Perdeu a Fala”, vindo a conquistar assinalá­vel êxito com a opereta “Bairro Alto”, com música de Venceslau Pinto, Alves Coelho e Raul Portela, apresentada em 1927 no Teatro São Luiz, em que a cantadeira Aldina de Sousa, desempenha o papel de Adelaide Pinóia cantando o Fado do Bairro Alto, “Cacho Doirado” (de colaboração com Venceslau de Olivei­ra), a fantasia “País do Sol” (de colaboração com Carlos Leal), o drama “A Guerra” (de colaboração com Luís Galhardo), e o «vaudeville» “Guerra do Fa­do”.

Publicou ainda, entre outros, os livros Canções do Fado, O Fado das Mulheres, A Canção Nacional (com prefácio de Angelina Vidal), Cinquenta So­netos e Cantem Todos...

Há uma quadra que compôs, que ainda hoje, quase toda a gente, principalmente do Fado conhece, pela sua originalidade, sendo muito cantada em desgarradas:

Ao Fado tudo se canta,
Ao Fado tudo se diz:
No cristal de uma garganta
Vive a alma de um país.

Colaborador regular da imprensa operária e da imprensa do Fado, coligiu em 1912 os artigos escritos em A Voz do Operário sob o título O Fado e os Seus Censores, com prefácio de Júlio Dantas, obra de referência na bibliografia fadista. Vitor Duarte Marceneiro


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Comentários
#1 Eduarda Barata 2014-02-17 17:17 Quais são as datas de nascimento e morte? Não há informação consensual que se possa consultar, daí a minha pergunta. Há quem indique a data de morte em 1946 ou 1953…
Obrigada.
Citação
#2 Portal do Fado 2014-02-17 17:37 Também não temos essa informação. O melhor será mesmo consultar o autor do artigo, Vitor Duarte, no seu blog: http://lisboanoguiness.blogs.sapo.pt/ Citação
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