Noite grande para Maria Armanda no Estoril
Concertos - Junho 17, 2011
A X Gala Carlos Zel que se realizou quarta-feira, dia 15 de Junho, no
salão Preto e Prata do Casino Estoril terminou de forma brilhante com a prestação de
Maria Armanda.
A noite foi de Argentina Santos, 87 anos, a quem Carlos do Carmo num curto discurso se referiu como “a última” de uma genial galeria liderada por Amália Rodrigues e em que inclui Berta Cardoso, Alfredo Marceneiro, Carlos Ramos, Tristão da Silva, Maria José da Guia, M.ª Teresa de Noronha e também, é claro, a sua mãe Lucília do Carmo.
Maria Armanda teve uma presença esplenderosa em palco, senhora de uma voz e interpretação que mereceram os muitos aplausos de uma audiência fria numa sala que quase se lotou.
A fadista interpretou José Carlos Ary dos Santos e Mário Raínho, e fechou com “A Bia da Mouraria”.
Foi precedida por João Braga que, entre outros, interpretou o “Fado do Estudante”.
O fadista aproveitou para gracejar ao referir a sua empregada "muito querida", que lhe arrumou um lenço vermelho (que trazia no bolso) no fundo da gaveta por ser sportinguista.
De salientar que apenas Maria Armanda e João Braga, referenciaram os nomes dos autores dos fados, uma tradição fadista que se vai perdendo.
O cenário neutro, cambiava de tons com uma semi-cortina na esquerda do palco em vermelho e o logotipo da candidatura do fado a “património oral e imateral da humanidade”, cujo resultado sairá de Paris em Novembro.
Esteve muito bem Edgar Canelas que em “off” fez a apresentação de cada um dos fadistas. Refira-se que a RTP Antena 1 fez a transmissão em directo da gala que abriu com Marco Rodrigues que demonstrou grande à vontade no palco interagindo com o público, e prosseguiu com Cuca Roseta que inexplicavelmente cantou três fados do repertório de Amália em vez de ter escolhido inéditos do seu disco de estreia, saído há dois meses.
Não se pode dizer que terá sido uma noite boa para a fadista do Clube de Fado, que além dos temas de Amália como “Triste Sina” e “Barco Negro”, cantou “Fado dos Sonhos”.
Se Cuca não esteve feliz na interpretação e na escolha dos fados, o vestido em tom de verde mar pálido e completamente fechado não a favoreceu, nem lhe realçou a figura.
Seguiu-se o elegante António Zambujo que cantou temas dos seus álbuns - brilhante foi "Eu já não sei" - e marcou a reviravolta da noite. O fadista do Senhor Vinho, prestou uma homenagem a Carlos Zel cantando um dos temas que o fadista reatou, “Loucura”, de Júlio de Sousa, celebrizado por Berta Rodrigues e que mais recentemente tem sido interpretado por Mariza. Aliás foi o tema que abriu a gala, numa gravação de Carlos Zel que emocionou muitos na sala que com ele conviveram e de quem foram amigos.
Na sala, como sempre, e muito bem, estava Branca Frazão, viúva de Zel, e o filho.
Eram aliás vários os notáveis e “colunáveis” nesta noite, como Carlos do Carmo, Rui de Carvalho e a filha, a jornalista Paula de Carvalho, a directora do Museu do Fado, Sara Pereira, o investigador e editor livreiro Daniel Gouveia, o presidente da Câmara de Lisboa, António Costa, ou a deputada Maria de Belém Roseira.
Seguiu-se a Zambujo, muito aplaudida logo à entrada, Ana Moura que na sua voz doce e velada interpretou quatro temas entre eles, “O nosso fado” e “Os Búzios”. Esteve muito bem, com grande à vontade e sabendo dar a intenção a cada uma das palavras. Alguns fados foram logo aplaudidos na abertura. Esteve brilhante!
Palavra especial ao excelente terceto de músicos: José Manuel Neto (guitarra portuguesa), Carlos Manuel Proença (viola), imbatíveis em absoluto, com grande dinâmica e arte, e, todo o espectáculo, e não menos Fernando Araújo (viola baixo).
Depois da absoluta actuação de Maria Armanda o fecho da gala pedia uma guitarrada, mas em termos de cenário e apresentação, esta foi das melhores galas: sobriedade no estilo que fez realçar a arte em palco quando ela acontecia, e aconteceu algumas vezes. Fonte: Hardmusicam
Maria Armanda teve uma presença esplenderosa em palco, senhora de uma voz e interpretação que mereceram os muitos aplausos de uma audiência fria numa sala que quase se lotou.
A fadista interpretou José Carlos Ary dos Santos e Mário Raínho, e fechou com “A Bia da Mouraria”.
Foi precedida por João Braga que, entre outros, interpretou o “Fado do Estudante”.
O fadista aproveitou para gracejar ao referir a sua empregada "muito querida", que lhe arrumou um lenço vermelho (que trazia no bolso) no fundo da gaveta por ser sportinguista.
De salientar que apenas Maria Armanda e João Braga, referenciaram os nomes dos autores dos fados, uma tradição fadista que se vai perdendo.
O cenário neutro, cambiava de tons com uma semi-cortina na esquerda do palco em vermelho e o logotipo da candidatura do fado a “património oral e imateral da humanidade”, cujo resultado sairá de Paris em Novembro.
Esteve muito bem Edgar Canelas que em “off” fez a apresentação de cada um dos fadistas. Refira-se que a RTP Antena 1 fez a transmissão em directo da gala que abriu com Marco Rodrigues que demonstrou grande à vontade no palco interagindo com o público, e prosseguiu com Cuca Roseta que inexplicavelmente cantou três fados do repertório de Amália em vez de ter escolhido inéditos do seu disco de estreia, saído há dois meses.
Não se pode dizer que terá sido uma noite boa para a fadista do Clube de Fado, que além dos temas de Amália como “Triste Sina” e “Barco Negro”, cantou “Fado dos Sonhos”.
Se Cuca não esteve feliz na interpretação e na escolha dos fados, o vestido em tom de verde mar pálido e completamente fechado não a favoreceu, nem lhe realçou a figura.
Seguiu-se o elegante António Zambujo que cantou temas dos seus álbuns - brilhante foi "Eu já não sei" - e marcou a reviravolta da noite. O fadista do Senhor Vinho, prestou uma homenagem a Carlos Zel cantando um dos temas que o fadista reatou, “Loucura”, de Júlio de Sousa, celebrizado por Berta Rodrigues e que mais recentemente tem sido interpretado por Mariza. Aliás foi o tema que abriu a gala, numa gravação de Carlos Zel que emocionou muitos na sala que com ele conviveram e de quem foram amigos.
Na sala, como sempre, e muito bem, estava Branca Frazão, viúva de Zel, e o filho.
Eram aliás vários os notáveis e “colunáveis” nesta noite, como Carlos do Carmo, Rui de Carvalho e a filha, a jornalista Paula de Carvalho, a directora do Museu do Fado, Sara Pereira, o investigador e editor livreiro Daniel Gouveia, o presidente da Câmara de Lisboa, António Costa, ou a deputada Maria de Belém Roseira.
Seguiu-se a Zambujo, muito aplaudida logo à entrada, Ana Moura que na sua voz doce e velada interpretou quatro temas entre eles, “O nosso fado” e “Os Búzios”. Esteve muito bem, com grande à vontade e sabendo dar a intenção a cada uma das palavras. Alguns fados foram logo aplaudidos na abertura. Esteve brilhante!
Palavra especial ao excelente terceto de músicos: José Manuel Neto (guitarra portuguesa), Carlos Manuel Proença (viola), imbatíveis em absoluto, com grande dinâmica e arte, e, todo o espectáculo, e não menos Fernando Araújo (viola baixo).
Depois da absoluta actuação de Maria Armanda o fecho da gala pedia uma guitarrada, mas em termos de cenário e apresentação, esta foi das melhores galas: sobriedade no estilo que fez realçar a arte em palco quando ela acontecia, e aconteceu algumas vezes. Fonte: Hardmusicam
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