Cristina Branco encantou no Teatro São Luiz
Concertos - Abril 10, 2013
Uma tímida Cristina Branco. Um fado sem timidez. Parece um contra-senso
mas quem assistiu ao concerto da fadista no Teatro São Luiz, percebe.
São Luiz Teatro Municipal | Lisboa | 05.05.2013
A cantora partilhou “Alegria”, um disco onde conta histórias de gente anónima, como uma chapada de luva branca. “Nos tempos que correm tentar ser feliz não é apenas um direito, é um dever cívico”.
“Carolina”, “Alice no País dos Matraquilhos”, “Trago um fado”, “Invitation”, “Palhaço”, “Cândida”, “Miriam”, “Branca Aurora”, “Meu amor é Marinheiro” foram os temas interpretados por Cristina Branco, entre outros compostos por Chico Buarque como “Construção”, “Bomba-Relógio” de Sérgio Godinho ou “Cherokee Louise, de Joni Mitchell”, alguns dos seus compositores favoritos.
Cristina Branco é um caso sério da música portuguesa. Uma voz intocável e doce, uma dicção perfeita. Canções ritmadas em que abraça todos os timbres com que envolve as letras, nunca iguais. É um diário em aberto, um dicionário, um livro. Encantadora. Encantou com arranjos de Ricardo Dias (piano), Bernardo Couto (Guitarra Portuguesa), Carlos Manuel Proença (viola de fado) e Bernardo Moreira (contrabaixo). Interpretações sentidas, respirações fortes de alguém que traz o fado no coração. Um amor que a absorve mas que lhe dá alegria de viver.
Saiu de braços abertos, enviou um beijo do coração e os aplausos ouviram-se fortes, do público. Voltou com uma mensagem política: “Estamos asfixiados por uma orientação política que desconhece a essencialidade da cultura. Ela é importante para o progresso da humanidade”. Cristina Branco cantou a “Petição para a alegria de ministros e catedráticos”, pedindo perdão aos amigos catedráticos. Do público alguém gritou “Relvas!”.
Entre risos, e porque a alegria foi o que se partilhou nesta noite, a fadista despediu-se com Fado. “Os teus olhos são dois círios” foi o fado menor que Cristina Branco escolheu para o final. “Não é acabar de forma triste, é acabar com fado, no coração e na alma. É ele que me leva por aí…Fado”.Inês Sá Gonçalves
A cantora partilhou “Alegria”, um disco onde conta histórias de gente anónima, como uma chapada de luva branca. “Nos tempos que correm tentar ser feliz não é apenas um direito, é um dever cívico”.
“Carolina”, “Alice no País dos Matraquilhos”, “Trago um fado”, “Invitation”, “Palhaço”, “Cândida”, “Miriam”, “Branca Aurora”, “Meu amor é Marinheiro” foram os temas interpretados por Cristina Branco, entre outros compostos por Chico Buarque como “Construção”, “Bomba-Relógio” de Sérgio Godinho ou “Cherokee Louise, de Joni Mitchell”, alguns dos seus compositores favoritos.
Cristina Branco é um caso sério da música portuguesa. Uma voz intocável e doce, uma dicção perfeita. Canções ritmadas em que abraça todos os timbres com que envolve as letras, nunca iguais. É um diário em aberto, um dicionário, um livro. Encantadora. Encantou com arranjos de Ricardo Dias (piano), Bernardo Couto (Guitarra Portuguesa), Carlos Manuel Proença (viola de fado) e Bernardo Moreira (contrabaixo). Interpretações sentidas, respirações fortes de alguém que traz o fado no coração. Um amor que a absorve mas que lhe dá alegria de viver.
Saiu de braços abertos, enviou um beijo do coração e os aplausos ouviram-se fortes, do público. Voltou com uma mensagem política: “Estamos asfixiados por uma orientação política que desconhece a essencialidade da cultura. Ela é importante para o progresso da humanidade”. Cristina Branco cantou a “Petição para a alegria de ministros e catedráticos”, pedindo perdão aos amigos catedráticos. Do público alguém gritou “Relvas!”.
Entre risos, e porque a alegria foi o que se partilhou nesta noite, a fadista despediu-se com Fado. “Os teus olhos são dois círios” foi o fado menor que Cristina Branco escolheu para o final. “Não é acabar de forma triste, é acabar com fado, no coração e na alma. É ele que me leva por aí…Fado”.Inês Sá Gonçalves
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