Carlos do Carmo celebrou 50 anos de carreira com amigos
Concertos - Dezembro 01, 2013
A Orquestra Sinfónica Portuguesa (diriga pelo maestro Vasco Pearce de Azevedo), António Serrano e José Maria Nóbrega juntaram-se ao fadista no Grande Auditório do Centro Cultural de Belém, em Lisboa.
Há várias semanas que o CCB estava esgotado para celebrar com Carlos do Carmos estes seus 50 anos no fado. E ontem à noite mostrou, uma vez mais, porque é uma voz tão singular e marcante em toda a história da música portuguesa. A mestria que revela na interpretação de cada fado, bem como o peso emocional e o cuidado que dá a cada palavra, são reflexo de um percurso que merece toda esta aclamação.
A primeira vez que se dirigiu ao público, depois de ter interpretado o clássico Vim para o fado e Nasceu assim, cresceu assim (do mais recente Nove fados e uma canção de amor, de 2002), confessou: "Estou tão tolhido pela emoção que não sei o que vos hei-de dizer", lembrando ainda como tinha ali presentes à sua frente amigos de Paris, Nova Iorque, São Paulo e Guimarães, juntos nesta justa celebração.
Estas cinco décadas de carreira foram de muitas aventuras. Carlos do Carmo nunca se coibiu no seu percurso de experimentar, mesmo fora do fado. Mas no CCB apresentou um repertório praticamente só de fados, entre eles Júlia Florista, Por Morrer Uma Andorinha (com um belíssimo arranjo orquestral), Pontas Soltas ou os "obrigatórios" Canoas do Tejo, Lisboa Menina e Moça (acompanhadas pelas vozes do público) e Gaivota.
Contou com alguns amigos em palco. Desde a Orquestra Sinfónica Portuguesa, dirigida pelo maestro Vasco Pearce de Azevedo, até ao espanhol Antonio Serrano (na harmónica), passando por José Maria Nóbrega (viola de fado), músico que acompanhou Carlos do Carmo durante 45 dos seus 50 anos de carreira.
Recordou o "amigo genial" que foi Bernardo Sassetti, no tema açoriano O Sol, mas também a sua mãe, a fadista Lucília do Carmo, tendo interpretado Olhos Garotos, o seu fado preferido do repertório da mãe. Lembrou ainda a parceria que manteve com o poeta José Carlos Ary dos Santos (pouco depois de ter cantado Um Homem na Cidade, cujas palavras se mantém, neste contexto, tão acutilantes e necessárias), uma relação "inesquecível".
Uma vez que esta era uma noite de celebração, foi no palco do Grande Auditório do CCB que recebeu o galardão de disco de ouro pelas vendas do recente Fado É Amor (2013), momento em que também se juntou a si a sua mulher, Maria Judite.
A primeira despedida do palco deu-se depois de Lisboa Menina e Moça, perante uma ovação de pé, que motivou o seu regresso. Primeiro, para uma interpretação a capella do fado Viela, seguindo-se a despedida com o icónico Gaivota. Artes
A primeira vez que se dirigiu ao público, depois de ter interpretado o clássico Vim para o fado e Nasceu assim, cresceu assim (do mais recente Nove fados e uma canção de amor, de 2002), confessou: "Estou tão tolhido pela emoção que não sei o que vos hei-de dizer", lembrando ainda como tinha ali presentes à sua frente amigos de Paris, Nova Iorque, São Paulo e Guimarães, juntos nesta justa celebração.
Estas cinco décadas de carreira foram de muitas aventuras. Carlos do Carmo nunca se coibiu no seu percurso de experimentar, mesmo fora do fado. Mas no CCB apresentou um repertório praticamente só de fados, entre eles Júlia Florista, Por Morrer Uma Andorinha (com um belíssimo arranjo orquestral), Pontas Soltas ou os "obrigatórios" Canoas do Tejo, Lisboa Menina e Moça (acompanhadas pelas vozes do público) e Gaivota.
Contou com alguns amigos em palco. Desde a Orquestra Sinfónica Portuguesa, dirigida pelo maestro Vasco Pearce de Azevedo, até ao espanhol Antonio Serrano (na harmónica), passando por José Maria Nóbrega (viola de fado), músico que acompanhou Carlos do Carmo durante 45 dos seus 50 anos de carreira.
Recordou o "amigo genial" que foi Bernardo Sassetti, no tema açoriano O Sol, mas também a sua mãe, a fadista Lucília do Carmo, tendo interpretado Olhos Garotos, o seu fado preferido do repertório da mãe. Lembrou ainda a parceria que manteve com o poeta José Carlos Ary dos Santos (pouco depois de ter cantado Um Homem na Cidade, cujas palavras se mantém, neste contexto, tão acutilantes e necessárias), uma relação "inesquecível".
Uma vez que esta era uma noite de celebração, foi no palco do Grande Auditório do CCB que recebeu o galardão de disco de ouro pelas vendas do recente Fado É Amor (2013), momento em que também se juntou a si a sua mulher, Maria Judite.
A primeira despedida do palco deu-se depois de Lisboa Menina e Moça, perante uma ovação de pé, que motivou o seu regresso. Primeiro, para uma interpretação a capella do fado Viela, seguindo-se a despedida com o icónico Gaivota. Artes
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