Hélder Moutinho
Fadistas - Actualizado em Março 07, 2019
Para além de cliente assíduo das casas de fado, Helder revela a sua veia fadista enquanto cantor, poeta, produtor.
Helder Moutinho nasce em Oeiras, em 1969, e é provavelmente desta intimidade diária com o mar que emerge talvez a mais marcante característica da carreira deste fadista: uma capacidade multifacetada de entender e vivenciar a sua música, cantando, compondo, gerindo, produzindo, enfim, revelando definitivamente um horizonte alargado, de margens bem firmes e claras e caudal seguro e rico.
Da sua família, de tradição manifestamente fadista, ganha não apenas o gosto natural pelo fado, acompanhando-os desde sempre e convivendo nos meios mais tradicionais deste género musical, mas acima de tudo a sede de cantar e assim tomar parte desse universo tão apaixonante.
É no final da sua adolescência, depois de se identificar com estilos musicais mais diversificados, que o fado começa a ganhar uma importância cada vez maior na sua vida. E é talvez por esse motivo que o contacto com Lisboa se revela inevitável…
Depois do mar, é o Tejo quem chama por ele, revelando-lhe a cidade das paixões, das casas de fado, das noites nostálgicas e poéticas e das gaivotas que irá escrever e reinventar sem limite. Se inicialmente cantava só para amigos, o dom deixou de poder ser guardado e é então que surge o convite para fazer parte, pela primeira vez, do elenco de uma casa de fados, no Bairro Alto.
É por essa altura também que toda a arte adormecida no artista começa a despertar. Nas tertúlias fadistas, pela noite dentro e com outros amantes do fado, começam a surgir as primeiras letras de sua autoria que viria a gravar mais tarde no seu primeiro álbum - Sete Fados e Alguns Cantos - que pode ser considerado quase "milagroso", pois a sua gravação decorre a par com o desenvolver de outra faceta importantíssima de Helder Moutinho: o manager, o produtor, o empresário.
Como acontece este salto das Casas de Fado e da participação em concertos - como no projecto Fados da Mãe-d'água, organizado pela Câmara Municipal de Lisboa no âmbito da Lisboa'94 - Capital Europeia da Cultura, no Festival Festima (Portugal), na Expo'98 (Lisboa) e em várias salas nacionais e internacionais - é um fenómeno que nem o próprio entende bem. Certo é que a atitude descomprometida de início dá lugar a um envolvimento bem mais profundo e concreto.
Fiel ao seu espaço temporal de criação de um álbum por quadriénio, o fadista, compositor e letrista regressa este ano às edições fonográficas com um álbum conceptual em que vai cantar o mais universal e eterno dos temas, o Amor. Na sua base estão poemas originais, criados de raiz para este novo álbum por João Monge, Pedro Campos, José Fialho e o próprio Helder Moutinho.
Depois dos álbuns «Sete Fados e Alguns Cantos» (editado no final de 1999), «Luz de Lisboa» (2004) e «Que Fado É Este Que Trago» (2008), o novo álbum será gravado durante a primeira quinzena de Julho, no Palácio do Marquês de Tancos, na Mouraria. Com Hélder Moutinho estarão muitos dos seus cúmplices habituais: Ricardo Parreira (guitarra portuguesa), Marco Oliveira (viola), Fernando Araújo (baixo) e o produtor musical Frederico Pereira.
Fruto do seu amadurecimento como intérprete, compositor e criador de conceitos para os seus discos e espectáculos, «Era Uma Vez o Amor» conta quatro histórias independentes, cada uma delas composta por quatro poemas diferentes de cada um dos quatro letristas convocados para a escrita deste álbum. No total, dezasseis temas coroados com um 17º que fará a súmula de todos os outros e que terá por base um dos fados tradicionais de Lisboa, o Fado Corrido cantado em cinco tons.
Todos eles inspirados em quatro contos originais, os poemas de Helder Moutinho respondem ao mote – autobiográfico -- «Um Homem Normal» e os de Pedro Campos imaginam a vida da «Maria da Mouraria» enquanto os de João Monge contam «A História de Um Desencontro» e os de José Fialho relatam «A Ressaca de Uma Relação». O artista plástico André São Marcos é, paralelamente, o autor de quadros alusivos a cada uma das histórias contadas.
Da sua família, de tradição manifestamente fadista, ganha não apenas o gosto natural pelo fado, acompanhando-os desde sempre e convivendo nos meios mais tradicionais deste género musical, mas acima de tudo a sede de cantar e assim tomar parte desse universo tão apaixonante.
É no final da sua adolescência, depois de se identificar com estilos musicais mais diversificados, que o fado começa a ganhar uma importância cada vez maior na sua vida. E é talvez por esse motivo que o contacto com Lisboa se revela inevitável…
Depois do mar, é o Tejo quem chama por ele, revelando-lhe a cidade das paixões, das casas de fado, das noites nostálgicas e poéticas e das gaivotas que irá escrever e reinventar sem limite. Se inicialmente cantava só para amigos, o dom deixou de poder ser guardado e é então que surge o convite para fazer parte, pela primeira vez, do elenco de uma casa de fados, no Bairro Alto.
É por essa altura também que toda a arte adormecida no artista começa a despertar. Nas tertúlias fadistas, pela noite dentro e com outros amantes do fado, começam a surgir as primeiras letras de sua autoria que viria a gravar mais tarde no seu primeiro álbum - Sete Fados e Alguns Cantos - que pode ser considerado quase "milagroso", pois a sua gravação decorre a par com o desenvolver de outra faceta importantíssima de Helder Moutinho: o manager, o produtor, o empresário.
Como acontece este salto das Casas de Fado e da participação em concertos - como no projecto Fados da Mãe-d'água, organizado pela Câmara Municipal de Lisboa no âmbito da Lisboa'94 - Capital Europeia da Cultura, no Festival Festima (Portugal), na Expo'98 (Lisboa) e em várias salas nacionais e internacionais - é um fenómeno que nem o próprio entende bem. Certo é que a atitude descomprometida de início dá lugar a um envolvimento bem mais profundo e concreto.
Fiel ao seu espaço temporal de criação de um álbum por quadriénio, o fadista, compositor e letrista regressa este ano às edições fonográficas com um álbum conceptual em que vai cantar o mais universal e eterno dos temas, o Amor. Na sua base estão poemas originais, criados de raiz para este novo álbum por João Monge, Pedro Campos, José Fialho e o próprio Helder Moutinho.
Depois dos álbuns «Sete Fados e Alguns Cantos» (editado no final de 1999), «Luz de Lisboa» (2004) e «Que Fado É Este Que Trago» (2008), o novo álbum será gravado durante a primeira quinzena de Julho, no Palácio do Marquês de Tancos, na Mouraria. Com Hélder Moutinho estarão muitos dos seus cúmplices habituais: Ricardo Parreira (guitarra portuguesa), Marco Oliveira (viola), Fernando Araújo (baixo) e o produtor musical Frederico Pereira.
Fruto do seu amadurecimento como intérprete, compositor e criador de conceitos para os seus discos e espectáculos, «Era Uma Vez o Amor» conta quatro histórias independentes, cada uma delas composta por quatro poemas diferentes de cada um dos quatro letristas convocados para a escrita deste álbum. No total, dezasseis temas coroados com um 17º que fará a súmula de todos os outros e que terá por base um dos fados tradicionais de Lisboa, o Fado Corrido cantado em cinco tons.
Todos eles inspirados em quatro contos originais, os poemas de Helder Moutinho respondem ao mote – autobiográfico -- «Um Homem Normal» e os de Pedro Campos imaginam a vida da «Maria da Mouraria» enquanto os de João Monge contam «A História de Um Desencontro» e os de José Fialho relatam «A Ressaca de Uma Relação». O artista plástico André São Marcos é, paralelamente, o autor de quadros alusivos a cada uma das histórias contadas.
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Comentários
#1
Raul
2009-07-25 02:03
Um grande fadista. Simples e sem peneiras como são sempre as pessoas de grande valor.
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#2
Tito Rebelo
2014-04-10 01:43
O Helder cantou aqui, Modesto, California no Galo Center, lugar requintado e deixou optima impressao como cidadao e como fadista. O salao, completamente cheio da nossa gente e nao so mas tambem americanos, nao regateou aplausos a tudo o que cantou. Deixou pois, excelente impressao e decerto vai voltar. Esperemos que breve…
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