Joana Amendoeira - À Flor da Pele
Discos - Julho 12, 2007
A colaboração com Custódio Castelo, augura ventos de mudança e esses ventos que sopram lá
fora, facilmente deixam transparecer que o talento de Joana Amendoeira
é também ele desenvolto, não se aprisiona nem se conforma.
Ao quarto trabalho de originais (quinto na lista da sua discografia) Joana Amendoeira reafirma, sem equívocos, que a definição actual de Fado não se demarca, irrefutavelmente do seu nome. Á flor da pele, muito mais que uma confirmação, é o corolar de uma carreira brilhante, assente numa progressiva depuração de um estilo muito pessoal e único.
Falar de À flor da pele é falar também de poesia, e por isso não deixa de ser evidente o critério manifestado na escolha dos poemas presentes neste trabalho, tanto mais que alguns deles, foram "encomendados" a alguns dos mais prolíferos e criativos autores da nossa praça: José Luís Peixoto, Pedro Assis Coimbra, Rodrigo Serrão ou Helder Moutinho.
A colaboração com Custódio Castelo, figura cada vez mais proeminente na revitalização do novo Fado, responsável pela direcção musical deste disco, augura ventos de mudança e esses ventos que sopram lá fora, facilmente deixam transparecer que o talento de Joana Amendoeira é também ele libertino, desenvolto, não se aprisiona nem se conforma. É assim como um lápis de carvão que de encontro à folha branca, se desfaz em autêntico desvario, revelando traços de uma paixão condescendente.
Joana Amendoeira assume-se como uma referência incontornável do novo Fado, e se verdade é que o Fado se generalizou, com o bom e o mau que isso possa acarretar, não menos verdade é que quando a poeira da mediatização acabar por assentar, restarão aqueles que de forma inteligente prescindiram das estratégias de marketing e das manobras de contágio colectivo, porque o Fado mais que uma expressão musical é uma peculiar manifestação de vida, apenas digna daqueles que o vivem plenamente de alma e coração, daqueles que lhe sentem o ardor da paixão e o carregam incondicionalmente à flor da pele.
Falar de À flor da pele é falar também de poesia, e por isso não deixa de ser evidente o critério manifestado na escolha dos poemas presentes neste trabalho, tanto mais que alguns deles, foram "encomendados" a alguns dos mais prolíferos e criativos autores da nossa praça: José Luís Peixoto, Pedro Assis Coimbra, Rodrigo Serrão ou Helder Moutinho.
A colaboração com Custódio Castelo, figura cada vez mais proeminente na revitalização do novo Fado, responsável pela direcção musical deste disco, augura ventos de mudança e esses ventos que sopram lá fora, facilmente deixam transparecer que o talento de Joana Amendoeira é também ele libertino, desenvolto, não se aprisiona nem se conforma. É assim como um lápis de carvão que de encontro à folha branca, se desfaz em autêntico desvario, revelando traços de uma paixão condescendente.
Joana Amendoeira assume-se como uma referência incontornável do novo Fado, e se verdade é que o Fado se generalizou, com o bom e o mau que isso possa acarretar, não menos verdade é que quando a poeira da mediatização acabar por assentar, restarão aqueles que de forma inteligente prescindiram das estratégias de marketing e das manobras de contágio colectivo, porque o Fado mais que uma expressão musical é uma peculiar manifestação de vida, apenas digna daqueles que o vivem plenamente de alma e coração, daqueles que lhe sentem o ardor da paixão e o carregam incondicionalmente à flor da pele.
Sérgio Miranda
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