A grande dúvida era se o fenómeno resistiria — fora da internet, primeiro, e fora do país, depois. Logo nos dias seguintes à revelação das canções que concorreriam este ano ao Festival da Canção da RTP, percebeu-se de imediato que a popularidade de Conan Osiris entre os jovens era especial. “Telemóveis”, um tema inusitado ali a meio caminho entre o fado, a música cigana e a eletrónica “chunga”, versava sobre “estragar o telelé” e sobre “partir o telemóvel/a tentar ligar para o céu”.
A expectativa vinha a ser alimentada há muito. Quase um ano antes de ser anunciado como um dos concorrentes ao Festival da Canção português, já a apresentadora da RTP — também da final do Festival da Canção e da anterior edição da Eurovisão, em Lisboa —, Filomena Cautela, sugeria, numa conversa descontraída na rádio Mega Hits, que Portugal só voltaria a ganhar a Eurovisão com Conan Osiris. Os restantes apresentadores concordaram e apoiaram a ideia em uníssono. Foi há 15 meses.
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