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Carminho: "O fado é como a mãe dos portugueses"

Entrevistas - Novembro 22, 2015
No dia em que se assinala o aniversário do fado como Património da Humanidade, Carminho canta.

Sobe ao palco do Campo Pequeno, em Lisboa, no mesmo dia em que se celebra o aniversário da consagração do fado a Património Cultural Imaterial da Unesco. Quão importante é para si a união destas datas?

Não foi planeado mas, de alguma maneira, acaba por fazer muito sentido o concerto neste dia. Celebrar o fado no coração de Lisboa, naquele que é o Dia Mundial do Fado e, ao mesmo tempo, apresentar o meu disco Canto como forma de agradecimento às pessoas que me viram crescer como pessoa, como artista e que ainda me ajudam a crescer.

O que mudou desde então?

As pessoas ficaram mais despertas. Mas não acho que seja essa a razão que contribui para o fado estar como está, até porque o facto de o fado ter sido consagrado património resulta de um trabalho que vem desde as gerações passadas. Cabe-nos a nós continuar a representá-lo e a respeitá-lo.

Essa consagração foi mais um reflexo do momento positivo do fado do que propriamente um fator catalisador?

O fado é a tradução da vida e do estado de alma, refletindo também o estado de Portugal. Como tem acontecido noutras áreas culturais, e até industriais, esta é uma forma das novas gerações reagirem de forma positiva, encontrando em si formas de se reinventar. Existem várias startups de sucesso, Portugal está a crescer nessas áreas como nunca. Já o fado está a tornar-se muito importante e impactante para o mundo, mas também para os portugueses, que foram procurar o lado mais materno da nossa cultura, que é para onde corremos quando estamos mal. O fado é como essa mãe dos portugueses, e eles estão a reconhecê-lo dessa forma.


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