Ferrer Trindade
Músicos - Actualizado em Janeiro 18, 2019
Ferrer Trindade nasceu no Barreiro. Maestro, compositor e arranjador, desde cedo descobriu a sua sensibilidade musical.
Começou por actuar como músico amador no conjunto "Os Timpanas", um grupo de cordas percutidas e dedilhadas. Mais tarde foi para a Banda d'"Os Franceses" onde aprendeu a tocar clarinete.
Posteriormente formou a sua primeira orquestra, no início utilizando o nome "Ferrer Trindade e sua Orquestra", vindo mais tarde a chamar-se "Orquestra Ritmo". Entretanto, trabalhava de dia e estudava à noite, matriculando-se como aluno externo no Conservatório Nacional de Música.
Aqui cursou instrumentos de sopro, violino, piano, composição, acústica e história da música, contando entre os seus mestres, Abílio Meireles, Wenceslau Pinto, Luís de Freitas Branco, Carlos Gonçalves, Padre Tomás Borba e Tomás Lima. A nível profissional, estreou-se como executante de clarinete na Banda da Armada, tendo como maestro Artur Fão. Na Orquestra Filarmónica de Lisboa concretizou a sua estreia com o violino, dirigido pelo maestro Ivo Cruz.
Nesse período decidiu formar a sua própria Orquestra, que actuaria nos Casinos da Póvoa do Varzim, Figueira da Foz, Espinho e Estoril, onde contactou com os maiores artistas nacionais e estrangeiros. Foi o primeiro a dirigir uma Orquestra no período experimental da Rádio Televisão Portuguesa.
Ferrer Trindade escreveu muitas revistas musicais e dezenas de canções, entre as quais se contam alguns sucessos inesquecíveis. Amadeu de Vale, Aníbal Nazaré, Nelson de Barros, Carlos Lopes, Gonçalves Preto, Frederico Brito, César de Oliveira, Henrique Santana e Francisco Nicholson, foram alguns dos poetas e autores a quem Ferrer Trindade musicou os textos.
No seu currículo consta um primeiro prémio no Festival da Figueira da Foz, com canção "Olhos de Veludo", e um terceiro prémio com a canção "Sombras da Madrugada", ambas com versos de António José. No Festival de Luanda conquistou o primeiro prémio "Welvichia de Ouro" e o segundo "Dalila de Prata".
Ferrer Trindade deixou melodias suas gravadas pelos melhores artistas portugueses, incluindo Amália Rodrigues.
Entre as muitas condecorações, obteve a Medalha de Ouro da Emissora Nacional, condecoração atribuída a compositores consagrados, a Medalha de Mérito Artístico, pelo Governador Civil do Distrito de Setúbal e a Medalha da Cidade de Setúbal atribuída pela Câmara Municipal, com base no reconhecido mérito da sua carreira musical e o seu elevado valor artístico.
A "Canção do Mar" deixou o seu nome imortalizado. Aos 81 anos, Ferrer Trindade morreu vítima de infecção nos brônquios.
Posteriormente formou a sua primeira orquestra, no início utilizando o nome "Ferrer Trindade e sua Orquestra", vindo mais tarde a chamar-se "Orquestra Ritmo". Entretanto, trabalhava de dia e estudava à noite, matriculando-se como aluno externo no Conservatório Nacional de Música.
Aqui cursou instrumentos de sopro, violino, piano, composição, acústica e história da música, contando entre os seus mestres, Abílio Meireles, Wenceslau Pinto, Luís de Freitas Branco, Carlos Gonçalves, Padre Tomás Borba e Tomás Lima. A nível profissional, estreou-se como executante de clarinete na Banda da Armada, tendo como maestro Artur Fão. Na Orquestra Filarmónica de Lisboa concretizou a sua estreia com o violino, dirigido pelo maestro Ivo Cruz.
Nesse período decidiu formar a sua própria Orquestra, que actuaria nos Casinos da Póvoa do Varzim, Figueira da Foz, Espinho e Estoril, onde contactou com os maiores artistas nacionais e estrangeiros. Foi o primeiro a dirigir uma Orquestra no período experimental da Rádio Televisão Portuguesa.
Ferrer Trindade escreveu muitas revistas musicais e dezenas de canções, entre as quais se contam alguns sucessos inesquecíveis. Amadeu de Vale, Aníbal Nazaré, Nelson de Barros, Carlos Lopes, Gonçalves Preto, Frederico Brito, César de Oliveira, Henrique Santana e Francisco Nicholson, foram alguns dos poetas e autores a quem Ferrer Trindade musicou os textos.
No seu currículo consta um primeiro prémio no Festival da Figueira da Foz, com canção "Olhos de Veludo", e um terceiro prémio com a canção "Sombras da Madrugada", ambas com versos de António José. No Festival de Luanda conquistou o primeiro prémio "Welvichia de Ouro" e o segundo "Dalila de Prata".
Ferrer Trindade deixou melodias suas gravadas pelos melhores artistas portugueses, incluindo Amália Rodrigues.
Entre as muitas condecorações, obteve a Medalha de Ouro da Emissora Nacional, condecoração atribuída a compositores consagrados, a Medalha de Mérito Artístico, pelo Governador Civil do Distrito de Setúbal e a Medalha da Cidade de Setúbal atribuída pela Câmara Municipal, com base no reconhecido mérito da sua carreira musical e o seu elevado valor artístico.
A "Canção do Mar" deixou o seu nome imortalizado. Aos 81 anos, Ferrer Trindade morreu vítima de infecção nos brônquios.
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O filho
Rui Ferrer Trindade
Escritor/Poeta/Artista Plástico/Dramaturgo/Ator/Musico Citação
Com os melhores e cordiais cumprimentos Citação
Tenho agora 73 anos, mas desde muito novinho, suou aos meus ouvidos o nome do seu pai, através das conversas que ouvia em família.
Em memória de meu pai, gostaria de recolher reportagens, notícias de jornal ou material fotográfico da Orquestra de seu pai, para ver se identificava o meu pai através delas.
Com os meus melhores cumprimentos.
Eduardo Mendonça Citação
Gostaria imenso que muitos de vós tivessem conhecimento e na altura certa pudessem comparecer ao seu lançamento em data, hora e local que direi.
Abraço de amizade
O Filho
Rui Ferrer Trindade Citação
músicos do Barreiro. Sou filho do então saxofonista tenor Joaquim simões
que trabalhou na 'orquestra Ferrer Trindade,e,´pos teriormente ' Orqustra Ritmo' eu, segui os passos do meu pai,na música, começando como profissional,em guitarra eléctrica,nas noites do 'Cabaret Calipso'na Praça da Alegria,sendo um dos 3 sócios desse 'Cabret'o então maestro Ferrer Trindade em Lisboa.É uma história muito longa para esta espaço. Um grande abraço,com grande nostalgia… desses bons tempos. Citação
"Faz mais quem quer do que quem pode" escreveste no verso do "piano surdo" que desenhaste para mim ainda eu era um miudo. Recordo com grande saudade im grande Homem. Bem hajas! Citação