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As mãoes que trago - Alain Oulman

Books - Junho 13, 2010
Museu do Fado / 2009
No percurso de consagração e renovação da canção urbana, a eclética personalidade de Alain Oulman (1928-1990) – compositor, encenador, editor – assume um plano de absoluta centralidade.

Ao protagonizar, com Amália Rodrigues a partir dos alvores da década de 60, um dos mais marcantes momentos da história do fado, pontuado pelo encontro definitivo da poesia clássica e erudita com o universo fadista.

Aqui poderão encontrar-se os documentos de trabalho do autor, os seus escritos, as suas agendas e cadernos, a correspondência trocada com Amália Rodrigues e outras personalidades de diferentes áreas da sociedade portuguesa, pautas de música manuscritas, ou, entre muitos outros testemunhos, o piano a partir do qual compôs as músicas para os poemas de Camões, David Mourão-Ferreira, Alexandre O’Neil, José Régio, Pedro Homem de Mello, Cecília Meirelles, entre tantos outros.

Alain Oulman

Compositor de uma enorme sensibilidade, Alain Bertrand Robert Oulman nasceu no Dafundo, arredores de Lisboa, a 15 de Junho de 1928, filho de Alberto Bensaúde Oulman e Nicole Calmann-Lévy.

David Mourão-Ferreira dá-nos nota da sua importância no contexto da música portuguesa: “Deve-se a Alain Oulman, logo a partir de finais dos anos Cinquenta, a pioneira missão de estabelecer um determinado e fecundo enlace entre a poesia portuguesa de matriz “culta” e essa específica forma da música popular – o Fado – que até aí era objecto de um quase geral e sobranceiro menosprezo por parte da “intelligentzia nacional.” (Primavera: David Mourão-Ferreira, Museu do Fado, 2007, p. 82). Será Amália Rodrigues, a partir do início da década de 1960, a principal divulgadora desse seu talento.


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