O dia em que morreu a rainha do fado
Notícias - Abril 24, 2023
"Chorem guitarras que Amália morreu", assim titulava a primeira página do Jornal de Notícias a 6 de outubro de 1999, sobre a morte do maior expoente da canção nacional.
Curiosamente e até porque as personagens de que da lei da morte se
libertam muitas vezes têm as vidas repletas de coincidências cósmicas,
acabou por falecer a 6 de outubro, naquele que é considerado como o Dia
da Amália, no Canadá .
"Morreu a voz da nossa alma" e Amália Rodrigues, falecida aos 79 anos, teve e continua a ter esse poder de reconhecimento como símbolo nacional.
Jorge Sampaio, à época Presidente da República declarou que a fadista foi "o símbolo de Portugal, em que todos os portugueses se podiam rever".
António Guterres, atual secretário geral das Nações Unidas, primeiro Ministro português, em 1999, declarou que "Portugal perdeu uma das maiores referências da sua cultura, simultaneamente todos perdemos alguém que fazia parte da nossa vida, da nossa afetividade e da nossa identidade".
Prova cabal dessa afeição que os portugueses por ela nutriam foi o funeral da artista, na Basílica da Estrela, que juntou milhares de pessoas e gerou uma enorme confusão. Com as pessoas comovidas a juntarem-se em torno da urna, para lhe tentarem tocar a emoção culminou com o pedido do fadista João Braga, em representação da família, para que se afastassem sob pena de levarem o caixão para a casa de Amália. Só com a chegada de Jorge Sampaio e com um pedido de intervenção aos bombeiros é que os ânimos se acalmaram, segundo conta a crónica do Jornal de Notícias.
Quando Amália Rodrigues faleceu foi sepultada no Cemitério dos Prazeres, naquela que se pensava que seria a sua última morada e dois anos depois, em julho de 2001, foi trasladada para o Panteão Nacional tornando-se a primeira mulher portuguesa com estas honras.
Amália Rodrigues foi uma mulher extraordinária, além de uma fadista fora de série que gravou os maiores poetas nacionais como Luís de Camões, David Mourão Ferreira, Alexandre O´Neil ou Pedro Homem de Melo. A sua voz e o seu carisma encheram salas em Madrid, Paris, Roma e Londres. Mas a sua carreira fulgurante passou também pelo cinema onde trabalhou como atriz em filmes como "Sangue Toureiro" (1958), "Fado Corrido" (1964) e "As Ilhas Encantadas" (1965) e pelo teatro onde participou na peça "A sapateira prodigiosa", de Federico García Lorca numa adaptação para a RTP.
"Morreu a voz da nossa alma" e Amália Rodrigues, falecida aos 79 anos, teve e continua a ter esse poder de reconhecimento como símbolo nacional.
Jorge Sampaio, à época Presidente da República declarou que a fadista foi "o símbolo de Portugal, em que todos os portugueses se podiam rever".
António Guterres, atual secretário geral das Nações Unidas, primeiro Ministro português, em 1999, declarou que "Portugal perdeu uma das maiores referências da sua cultura, simultaneamente todos perdemos alguém que fazia parte da nossa vida, da nossa afetividade e da nossa identidade".
Prova cabal dessa afeição que os portugueses por ela nutriam foi o funeral da artista, na Basílica da Estrela, que juntou milhares de pessoas e gerou uma enorme confusão. Com as pessoas comovidas a juntarem-se em torno da urna, para lhe tentarem tocar a emoção culminou com o pedido do fadista João Braga, em representação da família, para que se afastassem sob pena de levarem o caixão para a casa de Amália. Só com a chegada de Jorge Sampaio e com um pedido de intervenção aos bombeiros é que os ânimos se acalmaram, segundo conta a crónica do Jornal de Notícias.
Quando Amália Rodrigues faleceu foi sepultada no Cemitério dos Prazeres, naquela que se pensava que seria a sua última morada e dois anos depois, em julho de 2001, foi trasladada para o Panteão Nacional tornando-se a primeira mulher portuguesa com estas honras.
Amália Rodrigues foi uma mulher extraordinária, além de uma fadista fora de série que gravou os maiores poetas nacionais como Luís de Camões, David Mourão Ferreira, Alexandre O´Neil ou Pedro Homem de Melo. A sua voz e o seu carisma encheram salas em Madrid, Paris, Roma e Londres. Mas a sua carreira fulgurante passou também pelo cinema onde trabalhou como atriz em filmes como "Sangue Toureiro" (1958), "Fado Corrido" (1964) e "As Ilhas Encantadas" (1965) e pelo teatro onde participou na peça "A sapateira prodigiosa", de Federico García Lorca numa adaptação para a RTP.
Artigos Relacionados
Comentar