Mafalda Arnauth - Fadas
Discos - Outubro 15, 2010
«Fadas» coloca Mafalda Arnauth no rasto de um som que alarga as fronteiras do fado, através de um reencontro das raízes.
Sem nunca ter estado em causa o brilho de uma carreira que ultrapassa agora a dezena de anos ao mais alto nível, a agenda mediática mais recente de Mafalda Arnauth conheceu um ligeiro abrandamento. Esse processo começou a ser invertido há um ano. Na Rua da Saudade, conheceu uma primeira aventura fora do fado. E agora, em «Fadas» assina o disco mais arrojado dos seis com a sua chancela.
O ponto de partida de «Fadas» ocorreu no Castelo de São Jorge num espectáculo de interpretações de temas popularizados noutras vozes. Filtrado o alinhamento, partiu para estúdio onde chegou a um resultado final em que arranjos ricos fazem a cama de lavado a uma voz prendada.
A responsabilidade de Mafalda Arnauth é maior, não só devido ao espírito sacrossanto de algumas das vozes que transmitiram algumas destas melodias à memória popular (de Amália Rodrigues a Beatriz da Conceição) como também pelo reconhecimento que algumas delas ganharam junto de uma larga franja da sociedade.
«Pomba Branca» ou «Rosinha dos Limões» (esta emparelhada com «Marujo Português») jogam bem num colectivo equilibrado em que há evidentemente destaques: «E Se Não For Fado», com letra de Tiago Torres da Silva podia ser o retrato do período que alguns neo-fadistas estão a passar. O extravasar das fronteiras do fado. Neste caso, redescobrindo as raízes.
O ponto de partida de «Fadas» ocorreu no Castelo de São Jorge num espectáculo de interpretações de temas popularizados noutras vozes. Filtrado o alinhamento, partiu para estúdio onde chegou a um resultado final em que arranjos ricos fazem a cama de lavado a uma voz prendada.
A responsabilidade de Mafalda Arnauth é maior, não só devido ao espírito sacrossanto de algumas das vozes que transmitiram algumas destas melodias à memória popular (de Amália Rodrigues a Beatriz da Conceição) como também pelo reconhecimento que algumas delas ganharam junto de uma larga franja da sociedade.
«Pomba Branca» ou «Rosinha dos Limões» (esta emparelhada com «Marujo Português») jogam bem num colectivo equilibrado em que há evidentemente destaques: «E Se Não For Fado», com letra de Tiago Torres da Silva podia ser o retrato do período que alguns neo-fadistas estão a passar. O extravasar das fronteiras do fado. Neste caso, redescobrindo as raízes.
Davide Pinheiro
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