Maria do Rosário: «Amália pode ensinar muito as crianças de hoje»
Arquivo - Dezembro 05, 2012
A D. Quixote acaba de lançar o mais recente livro da colecção infantil “O meu
primeiro…”, que tem como figura central, Amália Rodrigues.
Assinado por Maria do Rosário Pedreira, “A minha primeira Amália” procura assim dar a conhecer aos mais jovens a maior fadista de todos os tempos, que foi também «um exemplo de perseverança e tenacidade», e que «pode ensinar muito às crianças de hoje em dia, habituadas a ter a papa toda feita».
Apresentado durante uma cerimónia que teve como palco, precisamente, o Museu do Fado e onde não faltou sequer o momento musical, interpretado por uma jovem fadista, Teresinha Landeiro, de apenas 16 anos, acompanhada por três jovens guitarras (um dos quais, o sobrinho-bisneto de Amália Rodrigues, Gaspar Varela), o livro de Maria do Rosário Pedreira, ela própria editora no grupo Leya e já com vários livros publicados em áreas como a literatura juvenil, a ficção e a poesia, surge como resultado de «um desafio que não foi de fácil aceitação», revela a autora. Até porque, acrescentou, «tive de ler um monte de livros sobre a “diva”, escolher alguns dos episódios mais marcantes», para depois poder «falar da “deusa”». Que, acrescentou, «não cheguei a conhecer e que, devo confessar, nem sequer me era particularmente simpática».
No entanto, depois de uma profunda investigação, em que Amália acabou por se mostrar «uma verdadeira surpresa», Maria do Rosário Pedreira assume agora esperar que o livro possa ser visto não somente como um trabalho «inquestionavelmente bonito», mas também «um estímulo para os mais novos», «hoje em dia habituados a ter a papa toda a feita». Até pelo «exemplo de perseverança e tenacidade» que Amália foi, demonstrando que, «por mais difíceis que os tempos sejam, é sempre possível fazer bem, fazer melhor».
Responsável pelas ilustrações de “A Minha Primeira Amália”, o artista João Fazenda recordou a decisão de, após ter sido desafiado para participar no projecto, levar a cabo a empreitada «tentando não acusar o peso da figura Amália, até porque se trata de uma imagem maior da nossa iconografia».
Contudo, «a verdade é que foi mais fácil do que à partida eu supunha», recordou o ilustrador, já que «o texto da Maria do Rosário Pedreira abordava mais aquele lado do quotidiano da Amália, e não tanto a imagem construída dessa figura maior do fado».
«No fundo, tinha apenas de tentar encontrar um fio gráfico para dar a conhecer essa Amália, gente como nós, e não a Amália do Olympia», concluiu o artista, alvo de vários elogios, quer da autora, quer até mesmo do próprio apresentador do livro, o jornalista João Paulo Cotrim. Para quem este livro começa por ser fruto de «dois talentos», mas que não procura ser «um texto épico; antes uma abordagem sobre a Amália do quotidiano». Destinado «não apenas ao público infanto-juvenil, mas também aos pais e até para alguns escritores que acham que a literatura infanto-juvenil não deve ser lida».
«Este livro é uma janela extraordinária, sobre alguém que também foi extraordinário. Sendo que a Maria do Rosário vem dizer-nos que todos podemos ser assim, extraordinários. Eu, no entanto, discordo: é muito difícil ser Amália! E nós podemos abrir a janela para a Amália, mas nunca seremos Amália!», concluiu. Diário Digital
Apresentado durante uma cerimónia que teve como palco, precisamente, o Museu do Fado e onde não faltou sequer o momento musical, interpretado por uma jovem fadista, Teresinha Landeiro, de apenas 16 anos, acompanhada por três jovens guitarras (um dos quais, o sobrinho-bisneto de Amália Rodrigues, Gaspar Varela), o livro de Maria do Rosário Pedreira, ela própria editora no grupo Leya e já com vários livros publicados em áreas como a literatura juvenil, a ficção e a poesia, surge como resultado de «um desafio que não foi de fácil aceitação», revela a autora. Até porque, acrescentou, «tive de ler um monte de livros sobre a “diva”, escolher alguns dos episódios mais marcantes», para depois poder «falar da “deusa”». Que, acrescentou, «não cheguei a conhecer e que, devo confessar, nem sequer me era particularmente simpática».
No entanto, depois de uma profunda investigação, em que Amália acabou por se mostrar «uma verdadeira surpresa», Maria do Rosário Pedreira assume agora esperar que o livro possa ser visto não somente como um trabalho «inquestionavelmente bonito», mas também «um estímulo para os mais novos», «hoje em dia habituados a ter a papa toda a feita». Até pelo «exemplo de perseverança e tenacidade» que Amália foi, demonstrando que, «por mais difíceis que os tempos sejam, é sempre possível fazer bem, fazer melhor».
Responsável pelas ilustrações de “A Minha Primeira Amália”, o artista João Fazenda recordou a decisão de, após ter sido desafiado para participar no projecto, levar a cabo a empreitada «tentando não acusar o peso da figura Amália, até porque se trata de uma imagem maior da nossa iconografia».
Contudo, «a verdade é que foi mais fácil do que à partida eu supunha», recordou o ilustrador, já que «o texto da Maria do Rosário Pedreira abordava mais aquele lado do quotidiano da Amália, e não tanto a imagem construída dessa figura maior do fado».
«No fundo, tinha apenas de tentar encontrar um fio gráfico para dar a conhecer essa Amália, gente como nós, e não a Amália do Olympia», concluiu o artista, alvo de vários elogios, quer da autora, quer até mesmo do próprio apresentador do livro, o jornalista João Paulo Cotrim. Para quem este livro começa por ser fruto de «dois talentos», mas que não procura ser «um texto épico; antes uma abordagem sobre a Amália do quotidiano». Destinado «não apenas ao público infanto-juvenil, mas também aos pais e até para alguns escritores que acham que a literatura infanto-juvenil não deve ser lida».
«Este livro é uma janela extraordinária, sobre alguém que também foi extraordinário. Sendo que a Maria do Rosário vem dizer-nos que todos podemos ser assim, extraordinários. Eu, no entanto, discordo: é muito difícil ser Amália! E nós podemos abrir a janela para a Amália, mas nunca seremos Amália!», concluiu. Diário Digital
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Este livro mereceria traduzido e divulgado tambem noutros paises.
(Infelizmente nao posso adquirir esse livro, visto que moro na Romenia!)
Parabens e boa continuacao do projecto!
Giana, tradutora de Portugues. Citação