Gaspar Varela: “Sou rico em memórias”
Entrevistas - Abril 07, 2019
Músico, toca guitarra portuguesa. Bisneto de Celeste Rodrigues, sobrinho-bisneto de Amália. Tocou com Madonna.
O fado é a sua linguagem, mas junta-lhe o saxofone de Ricardo Toscano, não temendo tocar Carlos Paredes. O seu disco de estreia saiu em novembro.
Fado foi a primeira ‘canção’?
Em casa sempre ouvimos muita música e o fado, como não podia deixar de ser, esteve sempre muito presente.
A tradição pode sobrepor-se à paixão?
Não sei. Posso responder daqui a dez anos?
Vir de uma família com duas mulheres como a Amália e a Celeste Rodrigues que mundo feminino o fez ver?
Da minha tia Amália, já só conheci as histórias. A minha avó Celeste era a nossa matriarca, mas ambas foram mulheres muito à frente do seu tempo, que arriscaram ser felizes a fazerem o que gostavam.
A sua bisavó achava que já cá não estaria quando a pudesse acompanhar, mas acompanhou. Que momento guarda com ela?
Tive a sorte de a ter muito presente na minha vida, por isso não guardo só um momento. Sou rico em memórias.
Nos seus verdes anos toca Paredes (e tão bem). O que se faz com aquilo que os outros chamam responsabilidade?
Respeita-se, sempre.
Sacrificou a infância para aprender a tocar ou tem-na vivido de todas as formas?
A guitarra nunca foi um sacrifício, pelo contrário, se fosse, não tocava. A guitarra é uma paixão. De resto acho que sou um rapaz normal, que anda na escola e gosta de surfar e jogar à bola, como tantos outros.
Faz sentido perguntar o que queria ser quando era mais novo?
Sempre quis ser músico, ser guitarrista.
Parecia que o Fado não podia ser cortejado por outros estilos musicais. E está a fazê-lo. Não há limites?
São coisas diferentes. Quando acompanho fados, gosto de respeitar a tradição, estamos lá para acompanhar as vozes, mas fora do fado, também gosto de poder dar novas sonoridades à guitarra portuguesa, gosto de juntar a guitarra em sons e estilos que as pessoas não estão à espera. A verdade é que a guitarra portuguesa é um instrumento como outro qualquer, não é exclusivo do fado. Não se limita a criatividade, mas deve respeitar-se a tradição.
Que Madonna conheceu?
Superssimpática e muito atenciosa.
Consegue escolher um fado, o melhor?
Não consigo escolher um, tenho vários de que gosto muito, como o ‘Menor’ e o ‘Cravo’, por exemplo.
Fado foi a primeira ‘canção’?
Em casa sempre ouvimos muita música e o fado, como não podia deixar de ser, esteve sempre muito presente.
A tradição pode sobrepor-se à paixão?
Não sei. Posso responder daqui a dez anos?
Vir de uma família com duas mulheres como a Amália e a Celeste Rodrigues que mundo feminino o fez ver?
Da minha tia Amália, já só conheci as histórias. A minha avó Celeste era a nossa matriarca, mas ambas foram mulheres muito à frente do seu tempo, que arriscaram ser felizes a fazerem o que gostavam.
A sua bisavó achava que já cá não estaria quando a pudesse acompanhar, mas acompanhou. Que momento guarda com ela?
Tive a sorte de a ter muito presente na minha vida, por isso não guardo só um momento. Sou rico em memórias.
Nos seus verdes anos toca Paredes (e tão bem). O que se faz com aquilo que os outros chamam responsabilidade?
Respeita-se, sempre.
Sacrificou a infância para aprender a tocar ou tem-na vivido de todas as formas?
A guitarra nunca foi um sacrifício, pelo contrário, se fosse, não tocava. A guitarra é uma paixão. De resto acho que sou um rapaz normal, que anda na escola e gosta de surfar e jogar à bola, como tantos outros.
Faz sentido perguntar o que queria ser quando era mais novo?
Sempre quis ser músico, ser guitarrista.
Parecia que o Fado não podia ser cortejado por outros estilos musicais. E está a fazê-lo. Não há limites?
São coisas diferentes. Quando acompanho fados, gosto de respeitar a tradição, estamos lá para acompanhar as vozes, mas fora do fado, também gosto de poder dar novas sonoridades à guitarra portuguesa, gosto de juntar a guitarra em sons e estilos que as pessoas não estão à espera. A verdade é que a guitarra portuguesa é um instrumento como outro qualquer, não é exclusivo do fado. Não se limita a criatividade, mas deve respeitar-se a tradição.
Que Madonna conheceu?
Superssimpática e muito atenciosa.
Consegue escolher um fado, o melhor?
Não consigo escolher um, tenho vários de que gosto muito, como o ‘Menor’ e o ‘Cravo’, por exemplo.
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