EnglishPortuguês

60 anos de carreira valem homenagem a Maria Amélia Proença

Archive - Junho 18, 2010
A fadista Maria Amélia Proença, "que mantém um cunho especial a cantar o fado", vai ser homenageada no sábado, dia 19, no Museu do Fado, Lisboa, quando comemora 60 anos de carreira.

A informação foi dada à agência Lusa por Julieta Estrela de Castro, presidente da Associação Portuguesa dos Amigos do Fado (APAF), entidade que promove a homenagem.

 

"A Maria Amélia Proença manteve sempre uma voz extraordinária e mantém um cunho especial no fado que já não existe", disse Julieta Estrela de Castro, acrescentando que apesar dos 60 anos de carreira a fadista "nunca perdeu o seu traço característico".

 

"Maria Amélia Proença é das pessoas mais antigas a cantar o fado no activo e mantém uma tonalidade e uma expressão de voz que a diferenciam de todas as pessoas que cantam", sublinhou a presidente da APAF.

Outra das características que tornam Maria Amélia Proença uma fadista especial, segundo a presidente da APAF, reside no facto de ser das poucas fadistas que continuam a cantar fado tradicional, melodias que remontam ao início e meados dos século XX e que são cantados em quadras, quintilhas, sextilhas, decassílabos e alexandrinos.

 

A homenagem a Maria Amélia Proença -- que em 1946, com oito anos, venceu a Taça Amália Rodrigues, o seu primeiro prémio -- integra um espectáculo de fados com a participação da homenageada e de Joana Costa, vencedora do Prémio Amália Rodrigues Revelação 2009.

 

O viola Carlos Manuel Proença -- filho da homenageada - e o guitarrista José Manuel Neto acompanharão as fadistas, após o que se seguirá um jantar com uma tertúlia de fados no restaurante do Museu do Fado.

Entre os fados tradicionais que constam do repertório de Maria Amélia Proença contam-se as marchas "Alfredo Marceneiro", "Raul Pinto", "Manuel Maria" ou o "Fado Noquinhas".

 

Entre os fados emblemáticos que se tornaram conhecidos na voz de Maria Amélia Proença conta-se "O Fado não é isso", "É mentira", "Saudades da nossa casa", "O sol há de brilhar na minha voz", "Assim seja", "Brincos para brincar" ou "Grata ofensa".

Maria Amélia Proença nasceu em Lisboa em 1938 e cantou em várias casas de fado como "Os Marialvas", "Café Latino", "Solar da Madragoa", "Adega Mesquita" -- entretanto já desaparecidas -- e praticamente em todas casas de fado que se mantêm abertas em Lisboa, como "Senhor Vinho".

Lusa


Related Articles


Não procure mais... está tudo aqui!
Não procure mais... está tudo aqui!

Social Network

     

Newsletter

Subscribe our Newsletter.
Stay updated with the Fado news.

Portal do Fado

© 2006-2024  All rights reserved.