Porque é a altura certa para fazer um best of?
Achei que havia muita gente que tinha o último álbum e não tinha nada para trás. Então pensei reeditar os discos ou fazer um best of. Já que tinha o concerto no São Luiz, recriei algo novo.
O concerto do S. Luiz será diferente dos que tem vindo a fazer?
O fado é sempre diferente, mas vou sobretudo voltar a cantar mais temas do 1º e do 2º álbuns que estão incluídos neste álbum.
Foi difícil escolher quais os temas a compilar neste álbum?
Foi, porque não queria um disco muito grande. Em cada disco há sempre quatro ou cinco temas que agarram mesmo, em termos de interpretação, por exemplo, mas mesmo assim foi difícil. Achei que estes eram os mais indicados e eram também os que mais gostava.
Este álbum mostra também um caminho muito seu, por ter eleito estes temas e não outros. Delineia uma escolha sua no fado e na música?
Este álbum é um best of um pouco antecipado! Mas é um pouco para mostrar o Pedro Moutinho de há nove anos para cá, até aos dias de hoje.
Os temas não estão por ordem cronológica. Como é que os organizaram?
Organizámos da forma como achávamos que funcionava melhor, tema com tema. E mistura muito os álbuns.
A grande novidade deste álbum são estes dois duetos.
Já tinha trabalhado com o Tiago e tinha-o convidado para fazer as festas da cidade comigo, onde o conceito era trazer alguém fora do fado. O Tiago já tinha composto para mim este tema - Vou-te Levando em Segredo - no álbum anterior e pensei que seria engraçado repetir, como resultou muito bem nas festas da cidade. Em relação à Mayra, já a tinha ouvido cantar o Alfama e já a conheço há três anos. Acabei por convidá-la para cantar, porque queria alguém fora do fado para me acompanhar.
