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Cumpriu-se o fado em mais uma edição do Caixa Alfama

Concerts - Setembro 17, 2017
Durante dois dias, o bairro de Alfama deu palcos ao Festival Caixa Alfama pelo quinto ano consecutivo.

Para os mais distraídos, o Caixa Alfama – primeiro festival exclusivamente dedicado ao fado – foi criado em 2013 e tem-se revelado um sucesso ano após ano. Os becos, ruas e vielas de Alfama recriam o frenesim das noites de Santo António com gentes com pulseira no braço e mapa do cartaz em letras pequeninas na mão.

Mantendo-se a tradição do festival, o palco Caixa que é o principal, é instalado junto ao Tejo, mas para a tradição ser o que é, é pelos palcos instalados em becos, ruas e vielas de Alfama que o fado se entranha pelos veteranos, consagrados e emergentes. Houve de tudo para todos os públicos mas a incapacidade de ter o dom da ubiquidade conjugada com noites frias, alguma fraqueza nas pernas (ou dores de pés) não permitiu ir a todo o lado e assistir a todo cartaz.

No palco principal atuaram este ano, na sexta feira dia 15, José Gonçalez & Sangre Ibérico, Marina Mota e António Zambujo, todos declaradamente felizes e em que para o Zambujo esteve pela terceira vez no festival. Trouxe um espetáculo especial, com a direção musical de Ricardo Cruz, recuperando fados tradicionais, modinhas alentejanas e os sucessos do costume (partilhados com a plateia). Ah, e o último tema antes do encore para o público que queria mais e mais, foi dedicado a todas as Madalenas do mundo.
No sábado dia 16 o palco principal apresentou Os Mestres (projeto de Diogo Clemente com António Rocha, Artur Batalha, Cidália Moreira, Filipe Duarte, Maria Amélia Proença, Maria Armanda, Maria da Nazaré e Nuno Aguiar), com desgarrada no fim. Marco Rodrigues trouxe temas do trabalho mais recente (e Boss AC no “Homem do Saldanha”) e Gisela João encerrou esta edição do festival.



Nos palcos distribuídos pelo popular bairro lisboeta – dentro de igrejas, associações, museus e auditórios, lugares foi coisa não garantida (nunca o poderia ser) e gerou muita insatisfação (quase desacatos) a portadores das pulseiras. O Fado à Janela no Largo Chafariz de Dentro e no Largo das Alcaçarias teve acesso livre.

O restaurante Museu do Fado pôde ser espreitado para ouvir Teresa Landeiro, Matilde Cid, Nathalie e Tânia Oleiro. Quem conseguiu lugar nas igrejas pôde assistir a António Pinto Basto e Teresa Tapadas no dia 15 e a Maria Ana Bobone e Gonçalo Salgueiro no dia 16 na igreja de S. Miguel (de cortar a respiração). Lá em cima, o Centro Cultural Magalhães de Lima (este ano Palco Santa Casa) recebeu os irmãos Moutinho (primeiro o Pedro, depois o Hélder) na primeira noite e teve Bárbara Santos, Rodrigo Costa Felix e Alexandra na segunda. Carolina e Filipa Cardoso estrearam o palco Amália (novidade deste ano).

Pelo Palco Ermelinda Freitas passaram Diogo Clemente (na voz, regressando no dia seguinte ao palco principal com o projeto Os Mestres) e Miguel Ramos no dia 15. Na noite de sábado, o larguinho teve as presenças de Edu Miranda, Júlio Resende e Paulo Bragança.



O Caixa Alfama revelou que em quase todas as esquinas do bairro o fado acontece. Passaram por esta edição muitos fadistas e músicos por tantos palcos e em horários diversos. Impossível nomear todos, como foi impossível entrar em todos. “Quem o Fado calunia, não o entende”. Venha daí a sexta edição.



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