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Eliana Castro - “A minha vida é o fado”

Entrevistas - Abril 02, 2007
A fadista Vilacondense Eliana Castro completa seis anos de carreira artística e faz um balanço muito positivo numa altura que tem espectáculos agendados para Canadá e França, junto das comunidades portuguesas.

Que balanço faz destes seis anos no "mundo do fado"?

Tem sido bastante positivo. Tem corrido muito bem. Apesar de não estar no "fado" a tempo inteiro o facto é que tenho a agenda bastante preenchida, tenho espectáculos todos os fins-de-semana o que é maravilhoso, pois não consigo largar o fado.

Mas… com uma agenda tão preenchida, deve ser complicado de gerir a carreira artística com a profissão que desempenha?
 
É complicado, mas se calhar estou a chegar ao meu objectivo que é fazer do fado a minha carreira principal. Há um ditado que diz " Não faças planos para a vida para não estragares os planos que ela tem para ti" se calhar são esses os planos e as coisas estão a caminhar muito bem e eu fico muito contente, porque eu poderia viver sem qualquer outro tipo de trabalho mas sem o fado nunca!

Porquê a escolha do fado?
 


A música sempre fez parte da minha vida. Fiz parte de todos os coros do Círculo Católico de Vila do Conde. O fado surgiu depois de ver um videoclip no Top mais da música "lenda da fonte" na voz do Sérgio Nunes e gravei. Entretanto ouvia o tema e adorava as "voltinhas" que ele dava na voz e depois cantei numa peça de teatro. Daí para frente e a convite do José Saraiva comecei a actuar em diversas casas de fado. Eu acho que o que me fez atrair para o fado foram os poemas. No fado mais do que em qualquer outro tipo de música se valoriza o poema em si. No fundo, no fado contamos histórias e essas histórias têm que sair da nossa alma, do nosso coração… 


Já por diversas vezes actuou no Canadá, em França, na Alemanha. Como é que recebem a sua visita?

Recebem com muito "calor". O calor humano com que nos recebem é qualquer coisa de espectacular, o que é completamente compreensível, eles estão longe da sua terra das suas raízes e quando vêem alguém do nosso Portugal a visita-los é a saudade que nos marca a alma e o coração. 


Tem marcado mais espectáculos no país ou lá fora?

Em simultâneo. Fomos o ano passado ao Ferrol apresentar o CD, este ano fomos ao Canadá e em principio voltamos lá, fomos também a uma casa de fado em Lisboa, e á televisão RTP e SIC. E vamos também a Paris este ano. Tem corrido tudo muito bem. 


Passados estes seis anos era isto que esperava, chegar até aqui? 


Sinceramente não esperava. Quando comecei a cantar tinha muita vergonha e nem os meus pais sabiam que eu cantava e depois do medo do público ter sido vencido as coisas começaram a correr bem e eu acho que tive muita sorte. Apesar de ainda não ter chegado onde eu quero mas como diz o meu fado "Ai eu ainda um dia hei-de chegar mais longe e mais além…" 


Qual é o principal objectivo? Aonde quer chegar? 


Ao topo mesmo. Acho que já é muito bom ser reconhecida neste momento, mas quem sabe um dia chego lá.



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